Pretoriano: João Borges nega altercação física quando Villas-Boas falou aos jornalistas
O julgamento do processo denominado Operação Pretoriano prossegue esta segunda-feira, com a 14.ª sessão no Tribunal São João Novo, no Porto, sendo ouvido João Borges, vice-presidente do FC Porto. A juíza revelou que João Borges vai testemunhar, apesar de ser representante legal do clube. Os dragões fizeram um requerimento para que o dirigente, naquela qualidade, não fosse arrolado como testemunha pela defesa, mas o tribunal decidiu que o dirigente teria de prestar o seu depoimento, não existindo qualquer obstáculo legal para que o faça simplesmente como testemunha.
«Fui com André Villas-Boas para o fim da fila, mas as pessoas convidavam-nos a ficar no meio e passámos à frente. Não estive dentro da AG, estive à porta. Fui com André Villas-Boas. Íamos só os dois. A fila era muito extensa, não vi até onde ela ia. Quando chegámos dirigimo-nos ao final da fila, mas as pessoas iam falar com o André e convidaram-nos para ficar no meio das pessoas que lá estavam. Passámos à frente», revelou, garantindo desconhecer qualquer altercação física quando Villas-Boas prestou declarações à comunicação social. «Não, não me apercebi de nenhuma altercação com Bruno Branco. O Bruno Branco puxou André Villas-Boas para o lado apenas».
Depois foi questionado se tinha entrado em contacto com Henrique Ramos. «Conheço-o há muito tempo, sim. Nessa noite tinha uma chamada perdida dele durante o processo da AG e, depois, mandei-lhe uma mensagem a perguntar se ele estava acordado para lhe devolver a chamada. O senhor Henrique Ramos estava ligeiramente embriagado, cheguei a falar com ele, mas não consigo aprofundar quem ligou ou não. André Villas-Boas pediu para colocar em alta voz para lhe perguntar se ele estaria bem também. Cerca de 15/20 minutos de chamada, entre quedas de linhas. Trocámos mensagens antes da AG. Disse que ia falar de muitas coisas na Assembleia Geral. Trocámos mensagens antes da AG. Ele dizia que se ia posicionar estrategicamente e ia dizer coisas na cara do dr. Adelino Caldeira e do dr. Fernando Gomes. E eu então perguntei: vais pegar fogo à assembleia?. Foi o adjetivo que usei... É uma pessoa bastante correta e frontal», acrescentou.
Com o final do depoimento de João Borges, a 14.ª sessão terminou e não haverá sessão esta tarde. O julgamento é reatado amanhã de manhã, pelas 9h30, para a 15.ª sessão, que voltará a contemplar os depoimentos de várias testemunhas arroladas pelas equipas de defesa dos arguidos.