Personalidade rioavista merecia final (mais) feliz: a crónica do Boavista-Rio Ave
Umaro Embaló foi um dos mais dinâmicos no ataque do Rio Ave. (Foto: Fernando Veludo/LUSA)

Personalidade rioavista merecia final (mais) feliz: a crónica do Boavista-Rio Ave

NACIONAL30.03.202421:05

Nem a expulsão de Boateng retirou ponta de ambição aos vila-condenses; estatuto de ‘rei dos empates’ reforçado; Boavista desinspirado

Costuma dizer-se que pontuar fora de casa é sempre positivo, ainda para mais para uma equipa que está a lutar pela permanência. Esse cenário seria, portanto, teoricamente benéfico para o Rio Ave, mas o que se passou no relvado do Bessa desmistificou essa questão.

Porque o Rio Ave foi melhor e mereceu ganhar. Não que tenha criado assim tantas situações claras de finalização (longe disso!), mas porque soube reagir às várias adversidades para poder ter uma Páscoa mais… doce.

As contrariedades para Luís Freire começaram logo ao minuto… 13: Josué lesionou-se e teve de dar o seu lugar a Renato Pantalon. E continuaram pouco depois: aos 33 minutos, Amine também foi obrigado a sair de cena, sendo rendido por Tanlongo. Em pouco mais de meia hora, duas substituições forçadas.

A primeira parte foi rica do ponto de visto tático, mas pouco interessante no que concerne a oportunidades de golo. Reisinho, logo no minuto inicial, e Patrick William, na resposta, foram aqueles que mais perto estiveram de inaugurar o marcador. Pólvora seca, porém.

Cresceram os vila-condenses na etapa complementar e Joca e Umaro Embaló tentaram desbloquear o nulo. Também nestes casos a pontaria não foi a melhor.

Pensava Luís Freire que as contrariedades já tinham terminado... mas não. A cerca de 30 minutos do fim, Emmanuel Boateng viu o segundo amarelo e deixou a sua equipa em desvantagem numérica. Algo que, julgava-se, poderia potenciar o recuo do Rio Ave e o crescimento do Boavista. Puro engano.

Contrariando a lógica, os rioavistas reforçaram o domínio, aceleraram ainda mais, apenas não tiveram as melhores decisões no último terço – Renato Pantalon ainda introduziu a bola na baliza, mas o lance foi invalidador por falta de Patrick William sobre João Gonçalves.

O nulo reforça o estatuto de ‘rei dos empates’ do Rio Ave: 14 em 27 jogos.

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