Os destaques do Sporting: Pote em modo salva-vidas e Gyokeres a nadar em seco
Pedro Gonçalves destacou-se pelos leões (Foto DR)

Os destaques do Sporting: Pote em modo salva-vidas e Gyokeres a nadar em seco

NACIONAL09.12.202321:12

Pedro Gonçalves impulsionou dois golos dos leões, mas não aguentou o 3.º golpe do Vitória; Sueco teve finalmente oposição à altura: Borevkovic; Catamo: surpresa bem assimilada

O MELHOR DO SPORTING: Pedro Gonçalves (6)

Não marcou, mas abriu o caminho para os dois golos do Sporting. No primeiro, picou a bola para Morita, e o japonês, de forma pouco ortodoxa, assistiu Gonçalo Inácio. Pote impulsionou também o 2-2 ao descobrir Nuno Santos na área vitoriana, preparadíssimo para o disparo. Dos seus pés saiu o primeiro lance vistoso do Sporting, uma bomba que explodiu nas mãos de Varela (9’). Já não teve forças para responder ao terceiro golpe do adversário, demasiado penalizador para um jogador que deu muito de si ao coletivo, mas que viu o Sporting ir com demasiada sede ao... pote, quando o mais indicado seria não se expor tanto ao risco de perder.

(4) ADÁN — Saiu de Guimarães com três golos sofridos e ainda evitou um quarto de Butzke, quando o avançado apareceu isolado. Abordagem imprudente no lance da grande penalidade cometida sobre Ricardo Mangas. Esse golo antes do intervalo galvanizou o Vitória. Azar no 2-1, primeira defesa oportuna, mas na recarga de André Silva foi traído pelo desvio de Morita

(5) ESGAIO — Com a batalha a subir de intensidade, acabou por ficar no balneário ao intervalo, não tanto pela exibição, que se situou num plano razoável, mas por causa do peso do cartão amarelo que lhe foi exibido aos 18’. Rúben Amorim, claramente, não quis correr riscos desnecessários. 

(4) DIOMANDE— Menos esclarecido na fase de insubmissão do adversário, apareceu muitas vezes deslocado da posição, como que a querer apagar o fogo... com gasolina. 

(6) GONÇALO INÁCIO — Um golo fácil, é certo, mas teve o mérito de aparecer no lugar certo na área minhota para dar sequência à acrobática assistência de Morita. Foi a voz de comando do Sporting, mas que se silenciou quando os conquistadores deram o grito de vitória... A unidade da defesa ficou irremediavelmente comprometida com o 3-2 e também com as substituições operadas por Rúben Amorim, na tentativa de pelo menos evitar a derrota. 

(4) GENY CATAMO — Uma novidade servida aos vitorianos: atuou na direita, mas os reajustamentos feitos pelo adversário foram tão rápidos quanto necessários para diluir a sua influência no jogo — que foi pouca, apesar da entrega defensiva no apoio que deu a Esgaio, especialmente a 1.ª parte. Mas se a ideia foi confundir o Vitória, então não teve o efeito pretendido. 

(5) HJULMAND — Atuação discreta do dinamarquês, a gerir com pinças a pressão exercida pelo meio-campo do Vitória, sobretudo quando Tiago Silva e Handel procuraram ganhar-lhe a bola. Com o empate a persistir, foi preciso dar unhas afiadas ao leão e o médio saiu rendido por Paulinho.   

(4) MORITA — Uma assistência singular para Gonçalo Inácio abrir o ativo e, mais tarde, uma tremenda infelicidade quando desviou o remate de André Silva e enganou Adán. O problema maior foi mesmo nunca ter conseguido equilibrar a batalha com Tiago Silva e Handel, dois operários incansáveis.

(4) MATHEUS REIS — Sofreu horrores com as incursões de Jota Silva pelo seu flanco. Arealidade é que o 2-1 surge num primeiro pontapé do vitoriano, com recarga bem sucedida de André Silva

(5) EDWARDS — Andou muito tempo a aquecer as costas a Gyokeres, fugindo das marcações e procurando com frequência terrenos mais interiores. Mais solto no 2.º tempo, ainda arrancou um bom cruzamento para Gyokeres, antes de ser substituído por Trincão

(4) GYOKERES — O sueco teve finalmente um adversário à altura: Borevkovic. O croata anulou o goleador com uma eficácia raramente vista nesta Liga, com cortes cirúrgicos e poderosos duelos físicos. Aos 57’ libertou-se desse espartilho, mas não deu a melhor sequência ao centro de Edwards

(6) NUNO SANTOS — Entrou bem na partida, sem complexos no ataque à área de Varela, procurando através de cruzamentos, ou iniciativas próprias, ferir o adversário. Desmarcou-se muito bem na resposta a um passe de Pote e fez o 2-2. 

(4) PAULINHO — Não trouxe ao jogo aquilo que Rúben Amorim com certeza esperava: golos ou, pelo menos, algo de diferente que ajudasse o Sporting a descobrir os pontos fracos da muralha do Vitória. Com os nervos instalados no relvado, ainda pior foi...

(5) TRINCÃO — Pelo menos teve o mérito de procurar soluções diferentes para um problema que se foi agravando com a passagem do tempo, ou seja, a manifesta incapacidade para o Sporting para entrar com perigo na área. Um remate violento aos 72 deu a Varela a defesa da noite.