Noronha Lopes: «Benfica não pode ser gerido com amadorismos ou amiguismos»

João Noronha Lopes apresentou a candidatura à presidência do Benfica e deixou duras críticas a Rui Costa. 

«As circunstâncias do Benfica de Luís Filipe Vieira em 2020 não são as de Rui Costa em 2025. Tal como Luís Filipe Vieira não servia para o Benfica que idealizávamos, também Rui Costa não serve para o Benfica neste momento», começou por dizer.  

«Não foi por falta de apoio que o Benfica não ganhou, seria bom que Rui Costa reconhecesse isso, os sócios deram-lhe oportunidade de fazer isso e foi desperdiçada, o melhor foi muito pouco, digo-o com pena, não gostamos quando se instala a derrota e perante rivais feridos registámos os piores resultados da história, gastando mais e ganhando menos, perdemos troféus e identidades. Não podemos tolerar que se tenha instalado um regime no futebol português em que o Benfica é o alvo a abater», acrescentou, apontado para a frequente mudança de projeto. 

«Precisamos de uma liderança independente, que tenha um projeto que não muda de seis em seis meses e que não mude mediante os resultados. Precisamos de uma liderança mais preocupada em defender o Benfica do que preocupada em se defender a si própria. Uma liderança que o dinheiro que gerimos não é nosso, é vosso, dos sócios. Que a melhor formação do mundo foi feita para vencer e não para vender. Nunca esqueçam que o ecletismo faz parte da nossa identidade. Que não temos equipas para competir, mas para vencer. O Benfica não pode ser gerido com amadorismos ou amiguismos. Precisa de um rumo e que junte os melhores. Precisamos de uma liderança corajosa, o presidente do Benfica tem de ser uma voz ativa. O Benfica não recebe ordens de ninguém, seja do presidente da Liga ou de um presidente dos nossos rivais», atirou. 

«Se for preciso, para defender os interesses do Benfica, ir contra a corrente, eu vou. Benfica acima de tudo, sempre. Temos de defender intransigentemente que os sócios, todos nós, seremos sempre os donos do nosso clube. É fundamental que a próxima direção seja firme, coesa e tenha muita experiência para lidar com potenciais investidores na SAD, colocando os interesses do clube acima de tudo. Precisamos de mais transparência, uma liderança que não tenha receio de auditar o passado para construir o futuro», completou.