João Pereira compara a realidade com que se deparou com o Sporting na primeira volta com a atual, estabelecendo várias diferenças; considerava o leão dessa altura «praticamente invencível» e espera fazer valer o fator casa para surpreender
Numa temporada em que já derrotou SC Braga e Benfica, o Casa Pia candidata-se, agora, a fazê-lo frente ao Sporting. Na antevisão à partida o técnico dos gansos, João Pereira, suporta-se em «momentos diferentes» para estabelecer diferenças entre o momento em que encontrou o leão na primeira volta – e foi derrotado por 2-0 - e aquele que defrontará este domingo.
«O que posso dizer - e falei na altura que esta equipa tinha analisado mais de uma dezena de jogos - é que na nossa opinião [na primeira volta da Liga] este era possivelmente o melhor Sporting do século e os números comprovavam isso. Estávamos a falar de um Sporting praticamente invencível, de quem não me recordo agora à data de hoje desde que momento em que estava invencível, mas na altura tinha isso muito claro», recordou o líder casapiano.
Casa Pia apresentou-se em Alvalade num 6x3x1 e o Sporting sentiu muitas dificuldades para criar perigo. Fê-lo através do talento de Francisco Trincão e do único espasmo de força de Viktor Gyokeres
«A verdade é que íamos jogar em Alvalade e jogar em Alvalade ou em Rio Maior é diferente, até pelas características do próprio relvado – a velocidade do jogo em Alvalade é sempre maior e beneficia mais as equipas que gostam mais de ter esse registo, que se alimentam permanentemente da posse de bola ou têm quase a obrigatoriedade de ter essa identidade como é o caso das equipas grandes, na minha opinião. Portanto, isso acaba por dificultar também quem vai jogar nessas condições», comparou João Pereira.
João Pereira considera, por isso, que ao receber o Sporting o Casa Pia terá certamente maiores possibilidades de ferir o adversário, até porque muito mudou desde o encontro referente à primeira volta, começando pelo palco do jogo até ao momento de forma em que as duas equipas se encontravam e até dinâmicas enraizadas por essa altura, em que era ainda Rúben Amorim o técnico dos leões, agora orientados por Rui Borges.
«Nesse momento [jogo disputado em Alvalade] na nossa opinião o Sporting estava num momento em que podiam tapar de um lado e destapar do outro para nós taparmos de um lado e destaparmos do outro, com individualidades no seu melhor no registo individual e depois, coletivamente, uma equipa muito madura, porque o princípio dessa equipa madura foi um treinador que esteve por quatro anos no Sporting», assinalou, determinado em proporcionar dificuldades ao Sporting… e voltar a surpreender um grande.