Benfica empatou 2-2 em Guimarães, na 21.ª jornada da Liga (Grafislab)

Lembre como foram as outras vezes do Benfica sem ponta de lança

Schmidt surpreendeu com escolha do onze para Guimarães, onde, no domingo, os campeões nacionais empataram 2-2 na 21.ª jornada da Liga; treinador já utilizou antes a ideia esta época, mas teve sempre de se socorrer do banco

O plano de Roger Schmidt para atacar o jogo da 21.ª jornada do campeonato em casa do V. Guimarães, no domingo, que as águias empataram 2-2, passou por lançar na equipa inicial nenhum ponta de lança, apostando num ataque mais móvel, com Rafa e Di María e tendo Fredrik Aursnes e João Mário no apoio. 

A ideia surpreendeu — e mais ainda porque Arthur Cabral está em boa forma e nada fazia crer que iria ser suplente —, mas não resultou plenamente. 

Foi com este desenho tático que os encarnados marcaram o primeiro golo, por Rafa, com assistência de Di María, mas a exibição foi fraca, a equipa consentiu outro golo ao Vitória e só empatou graças a Arthur Cabral, que entrou ao intervalo e marcou de cabeça, ao minuto 90. No banco de suplentes, refira-se, estiveram mais dois pontas de lança, Marcos Leonardo e Casper Tengstedt — só o primeiro entrou. 

O empate em Guimarães colocou ponto final numa sequência de sete vitórias consecutivas das águias no campeonato, onde não perdiam pontos desde o início de dezembro do ano passado, então num empate (1-1) com o Farense

Em relação à tática sem ponta de lança, foi a quinta vez que Schmidt a usou esta época, embora em duas ocasiões tenha jogado com o extremo Gonçalo Guedes como número 9, o que na prática resultou, também, na ausência de referência mais fixa para o ataque. 

Em aveiro

Com a saída de Gonçalo Ramos para o PSG, no final do verão passado, e ainda sem Arthur Cabral, Roger Schmidt optou por defrontar o FCPorto, na Supertaça de nove de agosto, em Aveiro, sem ponta de lança de início. Rafa foi o homem mais avançado, com Aursnes no apoio. Os encarnados venceram por 2-0, mas sofreram bastante e ao intervalo o treinador alemão fez entrar Musa. Di María marcaria na segunda parte e o ponta de lança croata (que em janeiro se mudou para o FC Dallas) fez o 2-0. 

Em Milão

Em casa do Inter, na 2.ª jornada da fase de grupos da Champions, também um onze mais móvel. Novamente Rafa na frente, Aursnes por detrás dele e Neres pela esquerda. Musa desta vez foi lançado no jogo aos 68 minutos e Arthur Cabral entraria aos 80, mas os italianos venceram por 1-0, com um golo apontado aos 62’. 

Em Arouca

A 31 de outubro, no 2-0 em Arouca, para a Taça da Liga, uma nuance. Com Cabral e Tengstedt no banco, foi Gonçalo Guedes a referência mais ofensiva, mas o extremo claro que revelou muita tendência para cair nas alas. O golo de Di María, logo aos 26’, tranquilizou a equipa, mas novamente Schmidt precisou ir ao banco de suplentes e sacar de um ponta de lança para arrumar a questão: Arthur Cabral entrou aos 56’ e marcaria aos 74’. 

Em Chaves

Em Chaves, na 10.ª jornada da Liga, Guedes entrou outra vez no onze, mas a ideia de um trio mais dinâmico (Di María/Guedes e Rafa) voltou a não funcionar na plenitude e o treinador alemão mudou ao intervalo: saiu Guedes e entrou Arthur Cabral. Mais tarde ainda entraram Musa e Tengsted. O Benfica venceu com dois golos (2-0) apontados na segunda parte, por Di María e João Mário

A mudança de ideia de jogo não tem resultado totalmente, a julgar pela necessidade que Schmidt sempre mostra de emendar a mão. Curioso, ou sintomático, é que sempre que o treinador decidiu mudar a tática foi para jogos realizados fora de casa.