Leão pode investir mais do que nunca!

Sporting Leão pode investir mais do que nunca!

NACIONAL30.06.202300:00

O presidente do Sporting, Frederico Varandas, em entrevista recente à televisão do clube, foi claro ao afirmar que os leões, progressivamente, têm tido uma abordagem mais agressiva ao mercado, investindo cada vez mais (ver quadro em anexo) na compra do passe de jogadores. «O investimento superior é uma realidade. Loucura seria investir 90 milhões de euros e no ano seguinte destruir a equipa toda. O que o Sporting faz é de forma sustentada e racional, um crescimento sustentado. Coisa que os nossos rivais fizeram muito bem feito durante 15 anos. E já estamos a gozar dessas mais-valias desse trabalho. Quando digo manter o rumo, hoje o rumo desportivo do Sporting são os dois primeiros lugares do campeonato, esse é o objetivo. É para isso que lutamos. Se dissesse que nos primeiros dois anos de mandato se teríamos capacidade, não. Hoje sim. Temos de ter sempre a ambição de ser campeões, mas o objetivo realístico é ficar sempre nos dois primeiros lugares», alertou.


De facto, o Sporting, em termos de mercado de verão, na era Rúben Amorim, tem crescido nos investimentos e, no presente defeso, já está garantido o dispêndio de €36,7M - 2 relativos à compra de 10 por cento do passe de Ugarte e 7,7 de 90 por cento do de Pedro Gonçalves; €7M pagos ao Barcelona pela compra definitiva dos direitos económicos de Trinção e os €20M referentes ao sueco Gyokeres, que se tornará o jogador mais caro de sempre do Sporting, ultrapassando Paulinho, comprado em janeiro de 2021 ao SC Braga por €16M.


Portanto, contas feitas, apenas uma contratação está praticamente garantida, a de Gyokeres, e sabe-se que os leões ainda têm na lista de compras, pelo menos, mais um defesa direito e um médio de características defensivas. Fazendo os previsíveis cálculos modestamente, pode supor-se que os verde e brancos podem gastar cinco milhões de euros nos passes de cada um dos jogadores, o que fará aumentar a soma para €46,7M, o que se tornará o maior investimento de sempre de Frederico Varandas na era Rúben Amorim, que entrou ao serviço em março de 2020 e, por isso, vai no seu quarto defeso.


Após uma temporada em que qualquer dos objetivos não foi alcançado e, principalmente, o falhanço no acesso aos milhões de Champions, o leão liderado por Frederico Varandas vai investir forte para que o falhanço não se repita.


Além disso, a administração da SAD leonina está consciente de que a partir da próxima temporada as regras de acesso à Liga dos Campeões para os clubes portugueses se alteram - apenas um entra direto e outro estará nas eliminatórias - e a verba a receber aumentará, pelo que o Sporting não quer cavar um fosso de desvantagem para os principais rivais.

Rúben Vinagre foi o mais caro dos defesas
 

Frederico Varandas, Hugo Viana e os seus pares já foram mentores, no que diz respeito a jogadores para a defesa, de operações rentáveis a nível desportivo e financeiro, com o nome de Pedro Porro a surgir na cabeça do pelotão, pois em primeira instância chegou por empréstimo do Manchester City, no defeso passado os leões gastaram €8,5M no seu passe e em janeiro venderam-no por €45M. No plano oposto, está o mais caro dos defesas, Rúben Vinagre, cujo passe custou €10M, não convenceu em Alvalade, esteve cedido ao Everton sem sucesso e já sabe que não ficará em Alvalade. Ao todo, em defesas, sem contar com Nuno Santos, o leão gastou €35,65M.
 

Invernos têm sido ‘quentes’
 

O foco do trabalho está nas verbas gastas pelo Sporting de Rúben Amorim no verão, mas os mercado de inverno também têm sido quentes  em Alvalade. Logo em 2020/2021, temporada que culminou com o título que fugia há 19 anos, os verde brancos pagaram ao SC Braga €16M pelo passe de Paulinho. Na temporada transata foi a vez de metade dos direitos económicos de Marcus Edwards ascenderem aos €7,75, com um encaixe financeiro significativo para o V. Guimarães. Na época agora finda causou surpresa os €7,5M pagos aos dinamarqueses do Midtjylland pelos direitos económicos de Ousmane Diomande, uma verba que pode crescer mediante o número de jogos do costa-marfinense.