Leão entra a rugir em 2024?
Pontapé de saída em 2024. O ano anterior trouxe um leão pujante, dominador, que dobrou o ano topo da tabela. Um percurso (quase) imaculado, com mais altos do que baixos, e que deseja entrar a rugir no novo ano. Com as mesmas ideias, o mesmo treinador, mas com baixas que não deixam o treinador plenamente descansado numa fase em que muitas competições entram na fase de decisões. Sem Diomande e Geny Catamo (ainda que este possa ser opção diante do Estoril), a caminho do CAN, e Morita que participará na Taça Asiática durante o mês de janeiro, deixam o leão mais debilitado, mas com janela de oportunidade a outros elementos com menos minutos. Mas já lá vamos.
Este Sporting-Estoril será um dos jogos mais atrativos da ronda 16 da Liga. Um jogo que ganhou maior expectativa sobretudo pelo crescimento e impacto que Vasco Seabra deu aquando da sua entrada na equipa estorilista. Falamos de uma equipa com apenas uma derrota (com o SC Braga) nos últimos oito jogos e que, por exemplo, só neste período, travou o FC Porto em duas ocasiões (Liga e Taça da Liga). Uma equipa jovem, composta por muitos jovens cedidos com ADN de clube grande, e que nesses mesmo oito jogos nunca ficou em branco.
O primeiro de 2024 joga-se em 𝐂𝐀𝐒𝐀 💚 Até amanhã, Sportinguistas 👋
— Sporting CP (@SportingCP) January 4, 2024
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Sporting
Mesmo com ausências importantes, como Diomande, Morita, Coates, St. Juste ou Fresneda, Rúben Amorim não fará uma revolução no onze. Um trabalho que vem desde o início da época e que agora poderá começar a render frutos. O treinador tem procurado dar minutos a quase todos os jogadores do plantel e a entrada de algumas peças novas não mudará a identidade da equipa. E se Adán está firme na baliza, o trio defensivo sofrerá alterações. Com o regresso de Gonçalo Inácio (após castigo), o internacional português ocupará a vaga deixada pelo capitão Coates ainda entregue ao departamento médico. Será o central do meio, com Matheus Reis na esquerda e… Eduardo Quaresma na direita ganhando a corrida a Neto que foi opção inicial do jogo em Portimão. Nas alas, com Matheus Reis no trio de centrais, Nuno Santos será o ala pela esquerda e Geny Catamo (que se despede antes da partida para o CAN na direita). No miolo, uma das novidades com Daniel Bragança a fazer de Morita ao lado do indiscutível Hjulmand.
No ataque, por sua vez, apesar do bom momento de Paulinho, o trio deverá ser composto por Pedro Gonçalves, Gyokeres e Edwards. Um tridente que garante golos e que se entende na perfeição. E que se perfila para ser a principal ameaça a um Estoril que, recorde-se, tem no seu setor defensivo o seu principal calcanhar de Aquiles. Com 25 golos sofridos, apenas quatro equipas da Liga apresentam números mais negativos.
Sistema: 3x4x3
Onze provável: Adán; Eduardo Quaresma, Gonçalo Inácio e Matheus Reis; Geny Catamo, Daniel Bragança Hjulmand e Nuno Santos; Edwards, Gyokeres e Pedro Gonçalves.
Lesionados: Coates, St. Juste e Fresneda
Ausentes: Diomande e Morita
Treinador: Rúben Amorim
Em destaque: Daniel Bragança
Depois de uma descida ao inferno, com uma lesão grave na época passada, o médio reapareceu com uma maior maturidade e influência na equipa. Aos 24 anos, ainda com margem de progressão, Bragança já soma três golos esta época (está a um golo do melhor registo, em 2019/2020, curiosamente no… Estoril) e tem merecido muitos elogios da parte de Rúben Amorim que, ao que tudo indica, lhe dará papel principal na ausência de Mortita. O primeiro teste será, assim, diante de uma equipa que bem conhece. E muitos olhos vão estar centrados naquilo que Bragança poderá fazer. Será ele a ocupar a vaga deixada pelo japonês?
Estoril
A equipa da Amoreira respira saúde. E muita confiança. Com um futebol rendilhado, organizado e que trouxe uma nova alma à equipa e melhores… resultados. E a fórmula utilizada com o FC Porto será idêntica para o leão. Uma equipa ambiciosa, com muito sangue novo, com muitos argumentos ofensivos que podem ferir o leão.
Será numa fase ascendente, naquela que é um dos momentos de maior fulgor da época (com uma recente qualificação para a final four da Taça da Liga) que o Estoril visita esta tarde o estádio de Alvalade. Diante de um adversário que, tal como o Estoril, também segue numa série vitoriosa de quatro jogos consecutivos. Não se afigura tarefa fácil, até porque o maior poder de fogo da equipa tem sido revelado dentro de casa. Fora de portas o Estoril soma apenas uma vitória (no Dragão…), um empate (Famalicão) e seis derrotas.
Sistema: 3x4x3
Onze provável: Marcelo Carné, Raul Parra, Pedro Álvaro e Bernardo Vital; Rodrigo Gomes, Jordan Holsgrove, Koba Koindredi e Tiago Araújo; Rafik Guitane, João Marques e Cassiano.
Lesionados: Erick Cabaco e Alex Soares
Ausente: Mateus Fernandes (cedido pelo Sporting)
Treinador: Vasco Seabra
Em destaque: Rafik Guitane
Avançado franco argelino, de 24 anos, é a maior ameaça dos leões. Com quatro golos e três assistências em 20 jogos mereceu rasgados elogios por parte do treinador Rúben Amorim. É a peça que faz movimentar toda a equipa estorilista fruto de uma velocidade e criatividade que já fez despertar os olhos de muitos clubes nesta janela de mercado. A montra de Alvalade pode ser perfeita para desfazer qualquer dúvida quanto ao potencial deste avançado.