Gyokeres e companhia
Viktor Gyokeres fez um 'hat trick' na goleada, por 6-1, que o Sporting impôs ao Boavista (Henrique Casinhas/IMAGO)

O MISTER DE A BOLA Gyokeres e companhia

NACIONAL18.03.202419:50

Este futebol do Sporting encanta os adeptos e Gyokeres tem um 'demónio positivo' dentro do campo

Entrada em falso

Esta foi a melhor receita depois do afastamento do Sporting da Liga Europa, tanto no resultado como na exibição. É uma entrada em falso dos leões, que fizeram cinco alterações em relação ao jogo em Bérgamo. Catamo e Nuno Santos deram uma maior capacidade ofensiva e largura. Não se notou a falta de Pedro Gonçalves. O golo do Boavista foi uma má abordagem do Franco Israel e Makouta fez um excelente golo. O Sporting reagiu imediatamente e não entrou em pânico. Tiveram uma grande serenidade e tranquilidade, porque estão com muita confiança, força e poder. Depois também têm esta metamorfose tática que é extremamente difícil contrariar. Já se sabia que o Boavista vinha jogar fechado e no contra-ataque e o Sporting precisava de abre-latas. O lado esquerdo dos leões viveu quase sempre de Nuno Santos, porque Makouta, o melhor do Boavista em campo, posicionou-se na direita a tapar o Matheus Reis. O Sporting teve muitas aproximações na primeira parte, mas sem grandes oportunidades de golo e a única foi defendida por João Gonçalves, guarda-redes do Boavista. Foi uma equipa mais errática na definição e no último passe.

A reviravolta

O Paulinho fez um grande jogo e, antes do intervalo, cruzou para o Gyokeres - aquele animal competitivo e o Sporting vai para o descanso empatado 1-1. Foi a melhor altura para marcar e veio mostrar todo o domínio que o Sporting tinha tido na primeira parte. Abascal está para o Boavista como o Coates está para o Sporting e acabou por sair para a entrada de Ibrahima, que, no centro da defesa, não estava a jogar no seu lugar de raíz. Ainda assim, o Boavista conseguiu sobreviver até aos 55 minutos com o segundo golo do Sporting em que Catamo cruzou para Paulinho fazer o 2-1.

Destaques individuais

O Hjulmand é um diamante e há um maratonista que se chama Morita. O lado esquerdo do Sporting só tinha Nuno Santos e o Morita, muito inteligente, começou a descair para a meia esquerda. Hjulmand estava um pouco exaltado e conflituoso e o Sporting introduziu Daniel Bragança, um jogador que encorpou mais e melhor nos duelos. Tem também uma excelente meia-distância. Gyokeres tem um demónio positivo dentro de campo. Quando ele arranca, explode e chuta a baliza sai tudo com uma intencionalidade que é arrepiante.

Conclusão

Este jogo foi quase como um combate de boxe. O Sporting foi desgastando fisicamente o adversário e foi dando socos no estômago do Boavista. Vitória justíssima e os axadrezados fizeram o que podiam. Foi um leão quase arrasador, insaciável e que podia ter feito mais golos. A equipa de Rúben Amorim está em excelente momento de forma e que cada vez se torna o principal candidato ao título.