Ousmane Dembélé ao lado de Cole Palmer, figuras principais de PSG e Chelsea
Ousmane Dembélé ao lado de Cole Palmer, figuras principais de PSG e Chelsea (Foto: FIFA)

Final do Mundial de Clubes: a temporada perfeita ou a salvação da época

PSG venceu todos os títulos esta época e pode fechá-la com chave de ouro, enquanto o Chelsea procura terminar 2024/25 em grande, após ficar no quarto lugar da Premier League e vencer a Liga Conferência

Chelsea ou PSG. Um deles vai ser o primeiro a conquistar a nova versão do Mundial de Clubes. Estas são duas das equipas mais fortes do mundo a nível desportivo, mas principalmente financeiro, sendo que foram muitos os milhões de euros investidos ao longos dos anos, especialmente nos mais recentes.

Desde a chegada de Todd Boehly para substituir Abramovich, em 2023, que os blues têm passado por uma grande mudança e mudaram a abordagem, apostando em jovens. O mesmo aconteceu recentemente nos parisienses, que antes procuravam contratar as maiores estrelas do mundo do futebol e agora, com Luis Enrique, o foco está no coletivo e não no individualismo, apostando também na juventude.

Por isso, pode-se dizer que os dois clubes têm bastante em comum, embora o espanhol esteja na segunda época enquanto o italiano ainda está na primeira. Enzo Maresca chegou há um ano com o objetivo de voltar a colocar o Chelsea na Liga dos Campeões e conseguiu-o, tendo ainda conquistado a Liga Conferência, embora haja quem exigisse mais ao técnico pela quantidade de dinheiro que foi gasto no mercado. No entanto, o ex-adjunto de Guardiola no Man. City considera que o maior sucesso da época foi outro.

«A equipa merece toda a confiança dos adeptos, porque durante esta época, terminámos entre os quatro primeiros na Premier League, ganhámos a Liga Conferência e jogámos o Mundial de Clubes. Foi uma grande época. Para mim, a maior conquista desta temporada é que, há exatamente um ano, ninguém falava do Chelsea sobre futebol. Todos falavam do Chelsea sobre o grande plantel, muito dinheiro, esse tipo de coisas. Agora, ninguém fala sobre isso, falamos todos da forma como jogamos, ganhamos jogos, e isso é, pessoalmente, a maior conquista desta temporada», explicou, embora reconheça que vencer este torneio possa levar esta época para outro patamar.

Por outro lado, Luis Enrique também destacou o percurso que o clube fez nos últimos dois anos, passando de ter um trio de ataque com Neymar, Messi e Mbappé, para um coletivo muito forte, tanto no onze inicial como no banco de suplentes.

«Uma equipa de 11 estrelas, isso é futebol. Ou melhor, 12, 13, 14, 15... É um compromisso que assumimos com a direção, que a verdadeira estrela seja a equipa. Vamos perder em algum momento, mas o caminho está claro para nós. Da parte dos meus jogadores, foi sensacional. Tivemos um ano incrível em termos de eficácia. Fizemos história em Paris e queremos repetir isso amanhã com uma vitória. Mas, se tiver de analisar toda a temporada, foi extraordinária», afirmou o espanhol, lembrando que conquistaram todos os quatro títulos possíveis esta temporada e que ainda podem chegar a um histórico quinto.

«Vamos ver», disse Enzo Maresca, em conferência de imprensa, confrontado com o favoritismo do adversário, quem elogiou bastante. «PSG e Luis Enrique são uma referência, não só para mim, mas para todas as pessoas que amam futebol. São a melhor equipa do mundo, mas cada jogo é diferente. Eles estão a demonstrar isso, em França, na Liga dos Campeões, nesta competição. Temos o máximo respeito por eles», garantiu, afirmando que não são imbatíveis. «Gosto muito de os ver, mas estamos aqui para tentar dar o nosso melhor, para sermos diferentes», acrescentou.

«Quem pensa que este jogo vai ser uma formalidade não percebe nada de futebol», começou por dizer Luis Enrique, em conferência de imprensa, retribuindo os elogios. «Gosto muito do Maresca, gosta de partir de trás, pressionar, atacar, é uma equipa muito completa. Não vai ser fácil. Vamos abordar este jogo a 100%», disse, lembrando da qualidade técnica dos jogadores. «É importante estar ciente da dificuldade do jogo. Há muitas individualidades, mas quando têm de defender, sabem pressionar. Vai ser um jogo renhido. Fisicamente são muito fortes. Somos equipas semelhantes nos principais aspetos do jogo.»

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