FC Porto: o grande protagonista na era Anselmi

NACIONAL12.02.202507:45

Clássico com o Sporting mostrou a melhor versão do Rodrigo Mora. Tem liberdade plena do treinador argentino para explanar o seu talento e começa a conquistar o seu espaço no onze portista

Rodrigo Mora começa finalmente a conquistar o seu espaço na equipa do FC Porto e tem-se encaixado na perfeição no modelo de jogo preconizado por Martín Anselmi, que dá total liberdade no campo à coqueluche do Olival para explanar todo o seu talento em prol do coletivo. O menino de ouro da formação azul e branca, de apenas 17 anos, foi um dos artífices da reação enérgica que a equipa teve na segunda parte do clássico com o Sporting e assumiu sem rodeios a responsabilidade de criar desequilíbrios entre linhas, deixando a formação contrária muitas vezes à nora com a sua capacidade de fintar e entrar em zona de finalização amiúde e com rapidez.

Diante do Sporting, Rodrigo Mora somou pela primeira vez um jogo completo pelo FC Porto e, salvo qualquer imponderável, deve manter o estatuto de titular na receção à Roma para a UEFA Europa League, ele que no clássico destacou-se pela eficácia de passe, tendo acertado 25 em 30 tentativas. A sua ousadia em campo valeu-lhe mesmo rasgados elogios do treinador Martín Anselmi, quando perguntaram ao treinador argentino se o jovem poderia ser o natural substituto de Nico González, entretanto contrato pelo Manchester City por 60 milhões de euros.

«É um miúdo atrevido, sem medo de tentar e de jogar. Não tem a responsabilidade de ganhar um jogo porque é um miúdo. Tem apenas a responsabilidade de defender quando não tem a bola e de pressionar. Neste jogo esteve sempre presente», disse o treinador dos dragões na conferência de imprensa que se seguiu ao empate caseiro diante do campeão nacional.

Cláusula pode chegar aos 80 milhões de euros

Aos 17 anos de idade e a três meses de completar a maioridade, o avançado começa a colocar em prática todo o potencial que lhe é unanimemente reconhecido, pelo que não será de estranhar que, mais cedo ou mais tarde, comecem a surgir os habituais rumores que o colocam na rota de alguns dos maiores clubes do futebol europeu.

Rodrigo Mora tem cláusula de rescisão progressiva que poderá chegar aos 80 milhões de euros em 2027, mediante o cumprimento de determinados objetivos individuais. Para já, é de 45 milhões de euros.

Também o seu salário será progressivo, indexado, digamos assim, a objetivos que que se prendem com o número de jogos a realizar pelo jovem de 17 anos.

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A Direção liderada por André Villas-Boas fez questão de se prevenir, renovando-lhe o contrato, no passado mês de julho, até 2027, com uma cláusula de rescisão de 45 milhões. Quando fizer 18 anos, a SAD azul e branca irá rever certamente o vínculo laboral do médio fantasista e é provável que a cláusula de rescisão possa subir para além dos 80 milhões de euros. Trata-se de um talento em potência, que começa a despontar e a despertar a cobiça de tubarões.