Luís Godinho, da AF Évora, viajou até Trás-os-Montes para dirigir o GD Chaves / Sporting CP, no Municipal Eng. Manuel Branco Teixeira. O internacional eborense foi auxiliado por Bruno Esteves. O ex-árbitro da AF Setúbal desempenhou a função de VAR. Godinho teve o mérito de conduzir, com qualidade e coerência, um jogo disputado sob chuva constante, num relvado escorregadio que se deteriorou com o passar do tempo. Esteve fisicamente muito bem (como sempre), o que facilitou a análise dos lances mais desafiantes. Fez um ótimo trabalho, beneficiando também do comportamento correto de todos os intervenientes. Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro: 10' Pequena discussão entre Steven Vitória e Pedro Gonçalves bem sanada pelo eborense. Luís Godinho resolveu a situação com personalidade e pedagogia, sem necessidade de recorrer aos cartões. Muito bem. 12' Steven Vitória desviou, por duas vezes e de forma legal, remates na queima efetuados por adversários: primeiro de Gyokeres (com o peito), depois de Francisco Trincão (com as costas). O central canadiano estava dentro da sua área. 21' Pedro Gonçalves rematou com perigo mas após empurrão (não sancionado) de Paulinho a Rúben Ribeiro. Caso o lance tivesse resultado em pontapé de penálti ou em golo, o lance seria seguramente revisto pelo vídeo árbitro. 24' Hélder Morim chegou à bola primeiro e foi atingido por Hjulmand, que também procurava disputar o lance. O médio dinamarquês discordou, mas a infração foi mesmo sua. 44' Golo do Sporting CP sem qualquer ilegalidade: a bola foi cruzada na sequência de um pontapé de canto da direita e, depois de cabeceada por Gonçalo Inácio, desviou no braço esquerdo de Vasco Fernandes, ficando à disposição de Paulinho, que marcou em posição regular. A tecnologia confirmou a validade da decisão. 45+3' Entrada de Vasco Fernandes sobre Paulinho no limite para a advertência. O árbitro entendeu gerir a situação com um aviso firme e sem exibir amarelo ao defesa do Chaves. 52' Segundo golo do Sporting CP, marcado por Trincão, após cruzamento de Nuno Santos. Lance legal. 54' Gyokeres queixou-se de ter sofrido toque no rosto, mas as imagens pareceram indiciar que, a ter havido contacto (de Steven Vitória), terá sido apenas inadvertido, não imprudente. Foi bem analisado o lance na área da equipa visitada. 56' A equipa lisboeta avolumou o marcador, na sequência de golo legal de Pedro Gonçalves 63' João Correia adiantou demasiado a bola e na tentativa de a recuperar, chegou atrasado e atingiu a perna de Hjulmand de forma claramente negligente. Viu com justiça o cartão amarelo. 66' Desatenção momentânea do árbitro assistente: Gyokeres "pediu" pontapé de canto com razão (o último a tocar na bola foi um defesa flaviense). 71' Amarelo bem mostrado a Coates. O defesa uruguaio derrubou Jo Batista em zona adiantada, para evitar que este criasse desequilíbrio caso o ultrapassasse. A infração tática (antidesportiva) foi bem sancionada disciplinarmente. 74' Abass sentiu a presença de Coates e colocou a perna direita no sentido da movimentação daquele, caindo na sequência de contacto que não foi faltoso. Esteve bem a equipa de arbitragem ao nada assinalar. Lance na área da equipa visitante 75' Coates tocou no pé do adversário, por trás, cometendo infração imprudente. A abordagem não deixou de ter algum risco, porque protagonizada por um jogador que já tinha cartão amarelo. No entanto foi correta a decisão do árbitro ao não agir disciplinarmente. 90' Gyokeres foi bem advertido após entrada negligente sobre Sandro Cruz. A infração surgiu na sequência de desarme limpo do defesa aos pés do sueco. 90+3' Sandro Cruz tocou lateralmente em Gyokeres, não cometendo infração sobre o adversário (a ter acontecido, seria fora da área da equipa flaviense). Nota - 7