Dez títulos depois, Abel confessa que achou que só ia ‘durar’ três meses

Treinador português recorda como é difícil manter trabalho no Brasil

Em três anos, Abel Ferreira tem escrito uma história de sucesso no Palmeiras e domingo, depois de conquistar o terceiro Paulistão, deixou uma confissão.

«Vou ser sincero, a minha mulher estava preocupada por eu vir para aqui, mas eu disse ‘calma, três meses e eles mandam-me embora. É a média, se conseguir ficar um ano é bom, mas acho que não aguento mais de três meses, eles lá não têm paciência’. Não posso mentir, não estava à espera de ganhar tanto em tão pouco tempo aqui no Brasil, vocês sabem como é difícil», disse.

«Nem eu tenho noção do que estamos a fazer. Daqui a 15 ou 20 anos o que estes rapazes estão a fazer vai perdurar para a história do Palmeiras. Sabíamos que vínhamos para um grande clube, mas encaixou muita coisa, a competência dos diretores para nos deixar em paz para fazermos o nosso trabalho, inovar no que é preciso inovar. O clube aceita as inovações que propomos, mas isso não garante vitórias e nem títulos. Se não ganhássemos hoje, fecharíamos a porta e iríamos para outra. Um dia vamos ganhar uma grande competição nos penáltis, até queria isso hoje, mas os meus jogadores quiseram resolver no tempo normal», comentou.

O treinador alcançou 10.º título desde que chegou ao Palmeiras em 2020, somando aos três campeonatos paulistas (2022, 2023 e 2024),  duas edições do Brasileirão (2022 e 2023) duas Taças Libertadores (2020 e 2021), uma Supertaça sul-americana (2022), uma Taça do Brasil (2020) e uma Supertaça brasileira (2023).