Club Brugge-Sporting, 2-1 Destaques do Sporting: nem deu para a redenção absoluta de Catamo
Moçambicano procurou compensar o erro cometido em Moreira de Cónegos e marcou logo a abrir. Gyokeres, embora esforçado, não conseguiu marcar. Maxi Araújo deu acutilância ofensiva.
A figura: Geny Catamo (6)
Perante o resultado, quarta derrota consecutiva do Sporting, nem dá para falar em redenção absoluta, mas a verdade é que o internacional moçambicano entrou em campo com pressa de compensar o incrível erro cometido com o lançamento lateral de Moreira de Cónegos. O golo apontado logo ao minuto três, no Jan Breydelstadion, foi de conclusão fácil, mas parecia ser o argumento adequado para um regresso do Sporting aos triunfos, e logo num importante compromisso europeu. O desfecho não foi esse, contudo, para desgosto de Geny Catamo, que no plano defensivo teve algumas dificuldades perante a oposição do irreverente Maxim de Cuyper, ou mesmo de Christos Tzolis, avançado grego que procurou muitas vezes o lado esquerdo.
FRANCO ISRAEL (5) — De regresso à titularidade após dois jogos de ausência forçada, por lesão, teve noite atribulada. Nada podia fazer no (auto)golo do empate, ainda teve de ser assistido na primeira parte, antes mesmo de defender uma bola com a cara. Na jogada do 2-1 fica a ideia de que talvez pudesse ter saído aos pés de Nielsen quando este deu um último toque algo lateralizado, a preparar a finalização.
EDUARDO QUARESMA (4) — Precipitado na construção, teve uma perda de bola particularmente penalizadora ao minuto 24, já que o lance acabou em golo... seu, apontado na própria baliza. Como um azar nunca vem só, acabou substituído à beira do intervalo, a sangrar, após choque violento de cabeça com Tzolis.
DIOMANDE (4) — Nunca conseguiu meter passes pela zona central, e também não foi o patrão que a equipa precisava para segurar o jogo.
MATHEUS REIS (4) — Promovido à titularidade de forma inesperada, após o problema físico sentido por Gonçalo Inácio no período de aquecimento. Inseguro no passe, também tremeu mais do que habitualmente a defender, e não está isento de culpas no golo da reviravolta, dadas as dificuldades para controlar o possante Nilsson.
HJULMAND (5) — Começou bem, a participar na jogada do golo do Sporting, mas depois não conseguiu escapar à negatividade da equipa, sobretudo na segunda parte. Perdeu a batalha de capitães com Vanaken, no corredor central, e já nos instantes finais ainda viu cartão amarelo por protestos.
JOÃO SIMÕES (5) — Na ausência de Daniel Bragança e Morita, por lesão, o jovem médio de 17 fez a estreia a titular, ao lado de Hjulmand. Mostrou personalidade na forma como encarou o jogo, até tendo em conta o momento da equipa, e procurou simplificar processos.
MAXI ARAÚJO (6) — Esteve em evidência no plano ofensivo, não só pelo remate ao poste no lance do golo leonino, como também ao sofrer falta na jogada em que o árbitro chegou a assinalar pontapé de penálti, depois transformado, por indicação do VAR, em livre quase colado à linha de grande área. No plano defensivo, porém, viu-se ultrapassado por Skov Olsen no golo do empate do Club Brugge.
TRINCÃO (5) — Exibição discreta. Havia espaço para explorar transições pelo corredor central, mas raras vezes conseguiu fugir por aí. Ao minuto 87 teve boa ocasião para salvar um ponto para o Sporting, mas o remate saiu franco e enrolado, à figura de Mignolet.
GYOKERES (6) — Muito ativo nos minutos iniciais, é dele o passe para o remate de Maxi Araújo ao poste, na jogada que termina com golo de Catamo. Na primeira meia hora conseguiu algumas arrancadas típicas, mas a partir daí foi bem anulado pela defensiva belga. Nem de livre direto conseguiu marcar, e nos instantes finais tentou assistir Trincão para o empate, mas o português desperdiçou a oferta.
QUENDA (5) — Desta vez apareceu no tridente ofensivo, pela esquerda, à frente de Maxi Araújo, mas pareceu até desconfortável nessa posição, sobretudo quando o jogo pedia que explorasse zonas interiores. Ainda protagonizou um remate cruzado que saiu ao lado, na primeira parte, mas pouco mais apresentou.
ST. JUSTE (4) — Lançado a frio, perto do intervalo, por força da lesão de Eduardo Quaresma, não escapou à desorientação global. Viu amarelo logo após o recomeço, por atrasar a reposição da bola em jogo, e teve alguma responsabilidade no 2-1, ao colocar o autor do golo em posição legal.
ESGAIO (4) — Entrou a dez minutos do fim, sensivelmentem, para o lugar de Maxi, e deixou fugir Nielsen para o golo da vitória do Club Brugge.
HARDER (-) — Só entrou ao minuto 87.