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«Prejudicado por ser bonito? Não ia fazer uma operação para ficar mais feio...»
Dani, antigo internacional português, concedeu uma entrevista ao As, na qual recordou os tempos em que brilhou nos relvados, embora reconhecendo que a aparência possa não ter ajudado.
Questionado sobre se teria sido prejudicado no futebol por ser tão bonito, admitiu esse cenário: «Possivelmente sim. E o que faço? Não ia fazer uma operação para ficar mais feio. Poderia ter feito coisas mais «ao jogador de futebol», mas era como eu vivia, como estava feliz. E sempre segui essa máxima — viver para ser feliz.»
«Claro que gostava de festa. Saí do Sporting porque a minha vida fora do futebol era muito ativa. Mas depois mandam-me para Londres! Quando lá cheguei a Imprensa escreveu: 'Tranquem as vossas filhas em casa, que chegou o Dani'. Depois Amesterdão e Madrid. Três cidades do pecado. Dizia aos diretores 'Estão a gozar?'. A verdade: joguei futebol e desfrutei muito da vida», recordou.
Convidado a deixar um conselho a Lamine Yamal, atirou: «Cuidado com a noite, e apenas na medida certa. O que está à volta do futebol é sempre um perigo. O pior é o ambiente: a família, os pais, os colegas interessados... há demasiadas distrações. Luis Enrique diz uma frase: o melhor do mundo, o melhor em tudo, tem de ser aquele que dá o melhor exemplo aos companheiros.»
A Seleção tinha Rui Costa, Figo, Sá Pinto... e eu dizia: 'É melhor ir de férias'
O antigo médio ofensivo lembrou também as dificuldades em impôr-se ao serviço de Portugal, ele que exibiu as quinas ao peito em nove ocasiões.
«Sabia o que acontecia quando chegava à Seleção. Estavam lá Rui Costa, Figo, Sá Pinto... e quase nunca entrava no onze. Eles já lá estavam. Eu dizia: 'É melhor ir de férias do que estar aqui como se não existisse'. Sempre quis sentir-me importante», recordou o antigo médio ofensivo.
De olho na atualidade, Cristiano Ronaldo foi tema: «É um fenómeno, mas tem 40 anos. Há que ter isso em conta. Não é como Vitinha ou Bruno Fernandes, mas ainda está lá e marca golos e ajuda a Seleção. Tem um carácter e uma personalidade muito fortes que fazem com que os outros jogadores se comprometam com o País, é incrível.»
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