Conto de fadas do Bodo/Glimt continua às custas de Nuno Tavares
Lateral-esquerdo português saiu novamente lesionado na derrota dos 'laziale' nos penáltis
Como é que se escreve milagre em norueguês? O Bodo/Glimt aguentou a pressão da Lazio, foi feliz nos penáltis e seguiu para as meias-finais da UEFA Europa League pela primeira vez na história.
À semelhança do que tinha acontecido na Noruega na primeira mão dos oitavos de final da UEFA Europa League, Lazio e Bodo/Glimt voltaram a dar um grande espetáculo no segundo jogo, disputado no Estádio Olímpico.
Após ter perdido por 0-2 em Bodo, a equipa laziale sonhava com a remonatada e Taty Castellanos colcou a primeira pedra, ao finalizar de calcanhar uma grande jogada de Isaksen, na sequência de uma recuperação alta de bola, aos 20'. Apesar do domínio exercido na primeira parte, o golo do avançado argentino foi o único dos primeiros 90 minutos da partida.
No primeiro minuto de compensação, Helmersen teve nos pés a oportunidade de selar a qualificação norueguesa, mas, com a baliza escancarada, atirou por cima.
Apesar do falhanço do avançado norueguês o Bodo/Glimt resistia, mas quando já pensava que tinha um apuramento histórico para as meias-finais no bolso, Tijani Noslin empatou a eliminatória na sequência de um pontapé de canto aos 90+3'.
A festa italiana depois do desvio vitorioso do neelandês ao segundo poste contrastou com a desilusão de Nuno Tavares no quarto minuto do prolongamento.
Dois jogos depois de ter-se lesionado no regresso à competição em Bérgamo frente à Atalanta (0-1), Nuno Tavares voltou a passar pelo mesmo pesadelo. O defesa esquerdo foi aposta de Baroni aos 68', mas aos 94' as pernas voltaram a ceder e saiu do retângulo de jogo em lágrimas.
Foi já sem Nuno Tavares em campo que a Lazio completou a remontada ao minuto 100. Guendouzi fez uma incursão pelo corredor esquerdo e penteou a bola direitinha para a cabeça de Boulaye Dia que marcou o terceiro golo dos italianos na partida.
Já na segunda parte do prolongamento, os papéis das duas equipas inverteram-se quando o Bodo/Glimt, contra todas as expetativas, foi buscar forças ao fundo do poço para decidir a eliminatória nos penáltis. Helmersen redimiu-se do falhanço aos 90' e marcou o 3-1 com um cabeceamento fulminante.
O 3-1 no final dos 120 minutos precipitou penáltis que foram o espelho do carrossel de emoções que foi esta eliminatória.
A alegria laziale quando Hauge falhou o primeiro penálti, contrastou com a desilusão após os castigos máximos falhados por Tchaouna e Noslin.
Com um apuramento histórico nos pés Patrick Berg cedeu à pressão e atirou uma bola para os deuses do futebol que, ainda assim, desceram ao Estádio Olímpico e deram uma ajudinha para Haikin defender o último penálti de Castellanos.
O conto de fadas norueguês continua e terá como próximo capítulo um duplo duelo contra o Tottenham que vale o acesso à final.
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