Torcida Verde pronunciou-se através das redes sociais, em clara alusão à novela que está a agitar o mercado de transferências
Está a fazer correr muita tinta a possível saída de Gyokeres neste mercado de transferências, com troca de galhardetes entre o representante do sueco, Hasan Cetinkaya, e a SAD do Sporting, presidida por Frederico Varandas.
Goleador prometeu falar «no momento» certo: saiba o que sueco tem para dizer publicamente sobre a polémica dos últimos dias. Está chateado e desiludido devido à promessa de saída que lhe foi feita no ano passado e a expectativa que isso criou
A Torcida Verde, uma das claques afetas ao Sporting, recorreu, esta quarta-feira, às redes sociais para fazer uma publicação em que aborda a situação com o sueco, sem, no entanto, referir o nome do avançado, reforçando um lema há muito bem visível no topo Sul do Estádio José Alvalade: «Zero ídolos.»
«Os anos passam, os episódios com epicentro na idólatra dos futebolistas sucedem-se, com resultados avassaladores para a identidade do SCP. A nação leonina tem sido manipulada com a promoção de futebolistas à condição de ídolos pelas narrativas comunicacionais dos dirigentes, agências de comunicação, de merchandising e dos agentes dos futebolistas. A 'desilusão' vem quando esses ídolos decidem trocar a mítica camisola verde branca por qualquer outra em função das suas aspirações de procurarem melhores condições materiais noutras paragens. Quando o discurso dirigente insiste no dogma' formar para vender (para a Premier League)', está dessa forma normalizada a inevitabilidade da mudança dos futebolistas/activos para outros clubes, independentemente de terem vínculos contratuais, cláusulas ou compromissos formais ou em hipócritas compromissos de honra, baseados na palavra», começam por escrever.
«Torna-se demasiado óbvio que os futebolistas estão de passagem pelo clube, como os dirigentes sabem. Então porque insistem nessa idolatria?! O vínculo dos modernos futebolistas ao SCP é efémero, frágil, artificial, como atestam comportamentos infantilizados no espaço mediático, no qual alguns deles desfilam nas redes sociais com camisolas de outros clubes ou se envolvem em infames disputas comunicacionais com dirigentes, escudados nos seus testas de ferro: os execráveis agentes, tantas e tantas vezes elogiados pelos mesmíssimos dirigentes como credíveis parceiros nas transferências. Na realidade existe uma gritante hipocrisia nos principais protagonistas do futebol moderno. Dos agentes dos futebolistas aos dirigentes, passando pelos futebolistas num mundo onde a palavra e os compromissos têm apenas o valor de um preço! Porque 'tem gente tão pobre mas tão pobre que a única coisa que têm é dinheiro'. Não se trata de hostilizar esses futebolistas, mas apenas de manter um 'distanciamento higiénico", sob pena de podermos sentir o peso de avassaladoras desilusões. Por tudo isto ação da Torcida Verde, nas últimas duas décadas tem sido acompanhada pela faixa Zero Ídolos, provocando azia nos agentes futebolistas e nos dirigentes leoninos», lê-se na publicação.
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