Chelsea a olhar para o Sporting
O presidente do Sporting, Frederico Varandas, e o vice com a pasta das finanças, Salgado Zenha. MIGUEL NUNES/ASF

Chelsea a olhar para o Sporting

NACIONAL28.12.202320:24

Concluída a reestruturação financeira, SAD abre a porta à entrada de investidor minoritário; ingleses têm o leão como alvo prioritário

O Sporting anunciou na quarta-feira a conclusão do processo de reestruturação financeira, com a compra de 51.416.952 de VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) ao Novo Banco, o que permite aos leões passarem a deter 88 por cento do capital social da SAD. No comunicado em que anunciaram a operação, os verdes e brancos abrem a porta à «entrada de uma parceria estratégica minoritária no capital na SAD» e o Chelsea, sabe A BOLA, continua muito interessado em investir em Portugal, sendo o emblema de Alvalade um alvo preferencial.

O consórcio proprietário do Chelsea, formado por Todd Boehly e Behdad Eghbali, quer construir uma teia de clubes, à imagem do que acontece com o City Football Group, proprietário de emblemas como Manchester City, Girona e Bahia. A ideia passa por fazer circular, nesse conjunto de clubes, jovens jogadores cujos passes entretanto foram adquiridos, emblemas de ligas de menor dimensão mas com forte historial na formação, para que um dia possam integrar o plantel da equipa londrina e/ou serem vendidos depois de valorizarem no mercado. O Consórcio, a troco de uma verba na ordem dos 75 milhões de euros, adquiriu recentemente o Estrasburgo, da Ligue 1, mas um investimento no Sporting, apesar de minoritário, enquadra-se num patamar desportivo superior ao do clube francês.

No início de outubro, na assembleia geral da SAD, o presidente dos leões, Frederico Varandas, tinha afastado o cenário de conversas com o Chelsea sobre a entrada dos ingleses na SAD, posição reforçada pelo presidente da Mesa da AG da SAD, Bernardo Ayala, porque a reestruturação financeira não estava concluída. Mas agora com o processo terminado, é a própria administração que abre a porta ao investimento de um parceiro minoritário, o que pode fazer o Chelsea avançar com uma intensão que já é de alguns meses.

Ainda relativamente à reestruturação, recorde-se que esta última operação levou a administração a antecipar mais 50,075 milhões de euros em verbas do negócio com a NOS, relativo aos direitos de transmissão televisiva. O Novo Banco possuía ainda 51.416.951 VMOC, adquiridos em duas emissões pelo valor em euros correspondente ao número de títulos, que foram agora recomprados por 15,42 milhões de euros — um desconto de 70,01 por cento.