Casa Viriathus é a menina nos olhos da formação do Académico de Viseu

ENTREVISTA A BOLA Casa Viriathus é a menina nos olhos da formação do Académico de Viseu

NACIONAL05.04.202414:30

Estrutura situada no cento da cidade permite albergar jovens da formação; crescimento do clube também passa por este motor que provém dos mais novos; o sonho dos craques

É no coração da cidade de Viseu, em plena zona histórica, que está situada a Casa Viriathus. Um espaço de culto e onde residem alguns dos putativos futuros craques do Académico.

A BOLA teve a oportunidade de conhecer o edifício, onde estão alojados mais de 30 jogadores da formação do clube. Óscar Guerra, diretor-geral da formação fez as honras da casa.

«Este é o ninho dos nossos Viriatos. Uma infraestrutura muito recente, que nos caiu do céu, sem contarmos com ela. Vínhamos para alugar um apartamento e acabámos por ficar com a casa toda. Com a qualidade que o edifício tem foi a cereja no topo do bolo. Tem 18 quartos, entre os 30 e os 40 metros, todos com casa de banho privativa e ar condicionado, e onde os nossos jogadores têm todo o conforto. Além disso, há também seis cozinhas e uma sala de apoio ao estudo. Estão aqui alojados 33 jogadores», explicou o responsável.

Instalações são novas e oferecem todas as comodidades aos jogadores. (Foto: Gil Peres/ASF)

O passo dado há pouco menos de um ano comportou, naturalmente, um investimento considerável, algo que é visto como fundamental para o bem-estar dos atletas: «É um investimento muito grande. Além da renda, que é elevadíssima, temos também os restantes custos, como a água, a luz, etc. Estamos a falar de cerca de 100 mil euros por ano. Mas é algo extremamente necessário a pensar no futuro do clube.»

Como estamos a falar de jovens, muitos deles são ainda estudantes. Como tal, o Académico faz o devido acompanhamento académico dos craques futebolísticos. «Naturalmente que essa é também uma das nossas preocupações e, por isso, temos a sala de apoio ao estudo. Este conforto que lhes proporcionamos é também a pensar nas carreiras académicas de cada um», elenca o responsável.

E se o Académico tem, ao dia de hoje, jogadores de várias regiões de País e até do Mundo, então as infraestruturas tinham mesmo de ser criadas para que os jovens, alguns deles menores de idade, possam sentir-se em casa: «Recebi aqui dezenas de pais, ninguém veio para aqui sem saber o que estávamos a fazer. Existiam algumas dúvidas dos progenitores, uma vez que os filhos nunca tinham saído de casa, e quando ficaram a conhecer esta realidade acabaram por ficar convencidos de que tudo iria correr bem.»

A verdade é que mesmo com alguns problemas ainda existentes relativamente aos campos de treino, os viseenses têm tido um crescimento muitíssimo interessante nos escalões de formação e nos sub-23. E com isso poderá vir a beneficiar…  equipa principal. «Temos uma relação fantástica com o futebol profissional. Eu faço esta transição entre o futebol de formação e o semiprofissional, sendo que nos sub-23 já temos jogadores profissionais. Mesmo tendo pouco tempo para formarmos as equipas, está a ser uma época de grande sucesso. No caso dos sub-19, por exemplo, tínhamos o objetivo de garantir a permanência e agora, que estamos na fase de apuramento de campeão, tudo o que vier é lucro. Temos o objetivo de conseguirmos colocar todas as equipas de formação nos campeonatos nacionais. O projeto está a afinar e está para durar», garantiu Óscar Guerra.

Veja a entrevista completa de Óscar Guerra a A BOLA: