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Carlos Vicens com ambição total para fazer «um grande trabalho» no SC Braga
Encantado da vida. Assim está Carlos Vicens no SC Braga. O técnico espanhol deu, esta quarta-feira, uma grande entrevista aos meios de comunicação oficiais dos arsenalistas e não deixou nada por dizer. Da decisão que tomou em aceitar a proposta, ao espanto pela qualidade das instalações do clube, passando pelo elogio à receção que todos lhe proporcionaram e sem esquecer, claro, a entrega dos jogadores nestas três semanas.
«A verdade é que passou tudo muito rápido. Nem dás conta e já passaram três semanas. Tive uma receção espetacular por parte de toda a gente do clube. Fizeram com que os nossos primeiros dias de trabalho pareçam muito fáceis. Encontrei um grupo de rapazes com uma predisposição incrível para trabalhar no dia a dia e para tentar aplicar os nossos conceitos. A minha avaliação é muito positiva nestas primeiras três semanas. Obviamente, tivemos jogadores que foram chegando, primeiro devido a compromissos internacionais e depois por contratações, e eu também tive a oportunidade de ver os jogadores jovens, que vão estar entre a primeira e a segunda equipa, o que também é positivo. Não tenho a sensação de que tenha havido urgência ou que seja difícil implementar novos conceitos. Estou bastante satisfeito», começou por dizer.
Seguiu-se uma apreciação à nova realidade, também com nota máxima: «A primeira coisa que surpreende quando se começa a trabalhar neste clube é a qualidade das instalações. Tanto por parte da academia, como da proximidade com o estádio, bem como a quantidade de recursos. O padrão do nível de instalações que temos para trabalhar é espetacular. Quanto à cidade, é certo que já tive oportunidade de ir a restaurantes diferentes e o nível da comida, que já me tinham dito que era muito boa, realmente supera as expectativas.»
O relacionamento com os jogadores é algo muito importante para a filosofia de Vicens e isso mesmo ficou bem patente nas palavras do antigo adjunto de Pep Guardiola no Manchester City.
«Cada treinador tem a sua própria ideia, a sua identidade. A receção dos jogadores ao que tentamos implementar em cada treino, em cada jogo, é muito, muito boa. Continuamos conscientes de que existem aspetos que precisam de ser melhorados. Vimos com esta ideia e continuamos com grande entusiasmo por continuar a ajudar os jogadores a trilhar este caminho em direção ao que queremos, ao que nos queremos tornar. Teremos um mês especial, final de julho, agosto, comparado com a maioria das equipas na nossa Liga, e as circunstâncias especiais exigem preparação especial. Sabendo disso, estamos a trabalhar nessa direção e os rapazes estão a responder muito bem. Tentamos jogar em praticamente todos os momentos porque também pensamos que ao fazê-lo íamos ver o quão confortáveis eram as nossas ideias para a equipa. Defendo vivamente a importância de conhecer o jogador. Isso é fundamental. Temos de ter em conta quem treinamos. Os jogadores não são robôs que vão aplicar uma ideia e um sistema que o treinador tente obrigar. Têm a sua própria personalidade e a minha intenção é que essa personalidade, esse carácter, essas capacidades individuais que cada um tem seja potenciada pela nossa ideia de jogo», analisou.
Carlos Vicens explicou também os motivos que o levaram a aceitar este desafio, o primeiro da sua carreira enquanto treinador principal: «O que me levou a dar o passo para vir para o SC Braga é ter essa sensação. Acho que as pessoas, para tomarem decisões, devem guiar-se muito pelo que o estômago diz. E quando chegou a chamada e a oportunidade, foi isso que senti e, como tal, decidi dar o passo. Quando se toma uma decisão, não acredito que se deva olhar para trás. Temos de olhar para a frente. Obviamente, o meu nível de motivação, entusiasmo e ambição para fazer um grande trabalho aqui no SC Braga só aumenta. Estou focado no meu dia a dia para ajudar o clube, a equipa e os rapazes a consegui-lo.»