Carlos Carvalhal resolve 'em casa': o plano de presente e futuro do SC Braga

Mercado levou sete – entre os quais os indiscutíveis Matheus e Bruma – e deu apenas dois – Fran Navarro e Uros Racic. Soluções estão no plantel e… na formação. Técnico não olha ao Cartão de Cidadão

Matheus: 31 jogos (2768 minutos). Bruma: 31 jogos (2311 minutos). Estamos (apenas e só…) a falar de dois dos cinco jogadores mais utilizados pelo SC Braga na presente temporada (em todas as competições). No caso do internacional português, era (apenas e só…) o melhor marcador da equipa (13 golos). Sobre a (tremenda) importância do guarda-redes (rumou ao Ajax) e do extremo (transferido para o Benfica), estamos conversados. Os números provam-no.

Mas o mercado levou mais. Yuri Ribeiro (Blackburn), André Horta (Olympiakos), João Marques (Gil Vicente), Rafik Guitane (Estoril) e Roberto Fernández (Espanhol) também seguiram viagem. Em contraponto, os arsenalistas contrataram apenas dois jogadores: Fran Navarro e Uros Racic, emprestados por FC Porto e Sassuolo, respetivamente.

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Significa isto que Carlos Carvalhal ficou amputado de vários elementos, razão pela qual teve de reinventar-se para projetar o presente e o futuro do SC Braga. Mas tal como sempre aconteceu nas duas passagens anteriores pelo clube, o técnico nunca se lamentou e olhou… para casa. Continuou a lançar jogadores provenientes da formação – Francisco Chissumba foi a última cartada jogada e é, hoje por hoje, o titular do lado esquerdo da defesa – e reforçou a confiança nos outros jovens que tem no plantel e que tem utilizado com alguma regularidade durante a temporada.

Se olharmos, por exemplo, ao último jogo, diante do Moreirense (2-1), constatamos que o SC Braga teve quatro jogadores formados no clube no onze inicial – Lukas Hornicek, Francisco Chissumba, Gorby e Roger Fernandes -, sendo que no banco de suplentes estavam mais quatro com ADN bracarense: Tiago Sá, João Carvalho, Diego Rodrigues e João Vasconcelos.

E nem a idade faz Carvalhal hesitar. Em Moreira de Cónegos, mais de meia equipa titular era… sub-23: Lukas Hornicek e Gorby (ambos 22 anos), Bright Arrey-Mbi (21), Ismael Gharbi (20), Francisco Chissumba e Roger Fernandes (ambos 19).

A esta juventude junta-se a voz da experiência de Ricardo Horta, João Moutinho, Paulo Oliveira, entre outros, e a certeza de que os mais novos estão bem entregues. Os resultados (para já) provam-no.

Há mais pérolas no forno

Se o plantel principal já está devidamente alimentado com jogadores da formação, o futuro próximo pode reforçar ainda mais esta tese.

Tudo porque, sabe A BOLA, do trabalho realizado na academia arsenalista há outros diamantes prontos a serem lapidados, desde logo da equipa B, cujo trabalho de Custódio Castro tem estado à vista de todo o universo bracarense: Guilherme Barbosa e Thiago Helguera (médio), Rúben Furtado (extremo) e Kauan Kelvin (extremos).

Também de olho no mais alto patamar estão Afonso Duarte (médio-ofensivo) e Francisco França (extremo), ambos dos sub-23, tal como Afonso Patrão (avançado), dos sub-19 – equipa liderada por Pedro Pires e que conquistou o título nacional a época passada -, mas que já trabalha regularmente com a equipa B. O horizonte que se vislumbra da Cidade Desportiva é (bastante) amplo…