Bernardo Silva recorda Benfica: «Não jogava, não era convocado, nem estava no banco»
Jorge Jesus e Bernardo Silva no Benfica (Foto: ALEXANDRE PONA/ASF)

Bernardo Silva recorda Benfica: «Não jogava, não era convocado, nem estava no banco»

NACIONAL23.05.202419:14

Internacional português recorda a altura em que chegou à equipa principal, acabando por se transferir para o Mónaco

Em conversa no podcast do Manchester City, Bernardo Silva recordou o momento em que chegou à equipa principal, na temporada 2013/14, altura em que Jorge Jesus estava no comando técnico das águias.

«Eu não jogava, eu não era convocado, nem sequer estava no banco de suplentes e o Benfica queria emprestar-me a outro clube mais pequeno, em Lisboa, portanto havia algumas dúvidas nesse momento, claro», explicou o internacional português.

Sem oportunidades, rumou ao Mónaco, onde esteve durante um ano emprestado, convencendo-os (dentro de campo) a acionarem a opção de compra, que era de cerca de 15 milhões de euros.

Em três anos em França, o médio conseguiu conquistar a Ligue 1, com uma equipa cheia de estrelas e mostrar-se na Europa: «Era um grupo, maioritariamente, de jovens, que gostava muito de jogar o jogo e de se divertir. A química foi muito boa, alguns desses jovens atingiram um grande nível… Bakayoko, Fabinho, eu, Lemar, Mbappé… a forma como jogámos era muito agradável, era como miúdos a brincar no parque. Houve alguns momentos complicados, porque concedemos vários golos, mas era tipo… vão marcar três golos? Sem problema que nós marcamos cinco e vamos ganhar-vos. De certa forma era um pouco irresponsável, mas aquela temporada funcionou e ganhámos a liga em França, o que não era fácil frente ao PSG, chegámos às meias-finais da Liga dos Campeões e foram, definitivamente, os melhores anos da minha carreira em termos de diversão e também de resultados, porque ganhar a liga francesa não é fácil.»

Antes de chegarem às meias-finais, onde perderam com a Juventus, eliminaram Dortmund e, precisamente, o Man. City, nos oitavos de final, uma eliminatória que terminou empatada a seis, mas com a vantagem dos monegascos nos golos fora: «Eu lembro-me desse jogo muito bem, em momentos não controlávamos bem o jogo, porque queríamos sempre atacar muito rapidamente, também pela qualidade de jogadores que tínhamos e foi também por isso que perdemos aquele jogo fora. Porque estávamos a ganhar por 3-1 e, do nada, o City marcou quatro golos, mas eu lembro-me, da forma que jogámos, após o jogo, sentimo-nos desapontados, devido à diferença de dois golos, aí pensas que a eliminatória acabou, mas no dia seguinte começas a acreditar que é possível. Olhas para o jogo novamente e pensas, conseguimos... em casa, com a equipa que temos, se colocarmos pressão neles nunca é fácil, porque a Liga dos Campeões é uma competição especial, é um jogo e sim, conseguimos. Mas são boas memórias para nós na Liga dos Campeões, como jovens, jogar àquele nível, não estávamos habituados a isso e essa experiência eu nunca vou esquecer.»