Benfica: Carreras tem cabeça e pés no Real Madrid

NACIONAL22.06.202509:30

Lateral-esquerdo falha Bayern e pode ter feito frente ao Auckland o último jogo com a camisola do Benfica

Álvaro Carreras pode ter jogado pela última vez pelo Benfica no sábado, frente ao Auckland City, na segunda jornada do Mundial de Clubes que decorre nos EUA até 13 de julho.

O lateral-esquerdo espanhol viu um cartão amarelo, já na compensação da primeira parte, que o deixa de fora (também tinha visto cartão na primeira ronda, com o Boca Juniors) do próximo desafio dos encarnados, na terça-feira, frente aos alemães do Bayer, terceira e última jornada desta fase da competição.

Aos 45+4 minutos o lateral-espanhol chutou a bola na direção do árbitro Salman Falahi, depois de este ter interrompido o jogo para ser prestada assistência médica a Mitchell, na área do Auclkand City. Salman Falahi, apesar de estar de costas, deu conta do gesto de Carreras, mostrando-lhe o amarelo depois de perceber que o central neozelandês estava bem.

O defesa ficou no balneário ao intervalo, foi substituído por Dahl, e se a equipa não conseguir a qualificação para os oitavos de final é praticamente certo que Carreras se tenha despedido dos benfiquistas nos EUA. O espanhol de 22 anos está a mesmo caminho do Real Madrid.

O negócio com os madridistas ainda não está fechado, mas as informações recolhidas por A BOLA indicam que o lateral seguirá para Espanha.

Jogador e merengues há muito que chegaram a acordo sobre o contrato, Carreras tem o sonho de regressar ao clube, no qual fez formação antes de ser vendido ao Manchester United, ainda júnior. Falta o entendimento entre Real Madrid e Benfica, que também estará perto.

A SAD dos encarnados quer uma fórmula de negócio que lhe permita receber os €50 milhões da cláusula de rescisão do jogador, o Real terá mostrado abertura para pagar €45 milhões e, para se chegar ao que o Benfica pretende, o valor que falta poderá ser atingido através da negociação de outros custos associados à transferência, como a percentagem que cabe ao empresário de Carreras, Ginés Carvajal.

Há confiança de todas as partes que o negócio se vai fazer e mesmo que não de forma consciente isso pesará no desempenho do jogador.

A exibição de Carreras foi intermitente frente ao Boca — foi, inclusivamente, criticada pelos media espanhóis, que marcaram presença forte em Miami, palco do jogo, para tentar falar com ele — e a expulsão no jogo com o Auckland mostrou uma displicência (chutou a bola, propositadamente ou não, na direção do árbitro quando este tinha parado o jogo) que não corresponde ao perfil e ao que o espanhol mostra desde que, em janeiro, assinou pelo Benfica.

A substituição ao intervalo por Dahl, num jogo em que era preciso golear e a qualidade ofensiva de Carreras poderia fazer diferença foi pouco habitual, ainda que o desgaste do calor, acentuado pela hora do jogo, 12 horas nos EUA, tenha de ser considerado e Lage falou disso, na conferência de imprensa após o encontro.

Carreras, um dos melhores jogadores do último campeonato português, fica, agora, à espera de saber se o Benfica se qualifica ou não para definir o futuro.

A BOLA sabe, ainda, que Carreras tinha a esperança de que o negócio pudesse ficar selado antes da competição. E que ficou desiludido por ter de apresentar-se no Seixal para iniciar a preparação para o Mundial de Clubes.

O Benfica, porém, não cedeu nas negociações e o internacional sub-21 espanhol teve mesmo de voltar a integrar o plantel depois de férias de nove dias. Carreras conta, pois, os dias para se mudar para Madrid.

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