Barcelona-Bayern: Flick e Lewandowski no outro lado do célebre 8-2 da Luz
A 14 de agosto de 2020, num quarto de final a uma só mão devido à pandemia de covid, o Bayern 'esmagou' o Barcelona por 8-2. Entre os catalães restam De Jong e Fati, mas nos bávaros há ainda Neuer, Kimmich, Davies, Goretzka, Gnabry, Muller e Coman. O treinador alemão e o avançado polaco estão agora na Catalunha...
O Estádio Olímpico de Montjuic recebe esta quarta-feira o jogo mais interessante da 3.ª jornada da Liga dos Campeões: Barcelona-Bayern, com ambos a somarem um total de 11 troféus. Os catalães lideram a La Liga com três pontos de avanço sobre o Real Madrid e os bávaros são primeiros na Bundesliga em igualdade com o RB Leipzig.
Na primeira jornada, o Barcelona foi perder ao Mónaco por 1-2, enquanto o Bayern cilindrou o D. Zagreb por 9-2, com poker de Kane, na primeira vez que uma equipa marcou nove golos na Champions. Na segunda ronda, tudo se inverteu: os espanhóis golearam o Young Boys (5-0) e os alemães perderam no terreno do Aston Villa (0-1).
O melhor mesmo é Hansi Flick desconfiar de estatísticas. Se o treinador do Barcelona olhar para os números dos jogos com equipas alemães, não gostará do que vê: há sete que o Barça não vence (seis derrotas); 15 jogos entre ambos, 11 vitórias alemães, 2 empates e apenas 2 triunfos dos espanhóis, com 37-16 em golos, favoráveis aos bávaros.
E, pelo meio, há ainda o mais estrondoso de todos os confrontos entre ambos. A 14 de agosto de 2020, na Luz, num quarto de final a uma só mão devido à pandemia de covid, o Bayern esmagou o Barcelona por 8-2. Entre os catalães restam Frenkie de Jong e Ansu Fati, mas nos bávaros há ainda Neuer, Kimmich, Davies, Goretzka, Gnabry, Muller e Coman. Foi a primeira vez que a equipa alemã marcou 8 golos na Champions League e a primeira, desde 1946, que a formação espanhola sofreu 8.
Porém, há um detalhe importante. Aliás, dois. Pouco mais de quatro anos após esse colossal 8-2, o então treinador do Bayern é agora treinador do Barcelona (Flick) e o então goleador do Bayern é agora goleador do Barcelona (Lewandowski).
Muito provavelmente, o jogo será decidido pelos homens dos golos: Robert Lewandowski, Thomas Muller e Harry Kane. No total, entre polaco (96), alemão (54) e inglês (33), somam nada menos de 183 golos na Ligas dos Campeões. E se eles falharem, há ainda Sané (23), Gnabry (16), Coman (16) ou Olmo (9). E há dois portugueses interessados: João Palhinha e Raphael Guerreiro.
Flick: «É passo a passo»; Kompany: «Somos o Bayern!»
Hansi Flick, treinador do Barcelona, diz não pensar no jogo com o Real Madrid, no sábado, apenas e só no Bayern: «Isto é passo a passo, jogo a jogo. Até sábado muita coisa pode acontecer. O Bayern, sob comando de Kompany, está a jogar grande futebol. Pressionam alto e são muito bravos com e sem bola. Será um jogo muito duro, mas estamos prontos e vamos dar o máximo pela vitória».
Vincent Kompany, treinador do Bayern, diz adorar jogos desta dimensão. «Todos são importantes, seja ou não frente a uma equipa como o Barcelona. O Barça é o mais importante porque é o próximo.Somos o Bayern e temos sempre de tentar ganhar. Claro que o Barcelona é um clube tradicional e este é um jogo tradicional. Mas é por isso que estamos na Champions, porque gostamos de jogos assim.»
Atalanta-Celtic: sem Rui Patrício e com Bernardo
Quatro pontos para os italianos (Rui Patrício ainda por estrear) nos dois primeiros jogos, três para os escoceses (43 jogos e 6 golos de Paulo Bernardo em duas épocas). Os dois treinadores elogiam os adversários. Brendan Rogers (Celtic): «Atalanta é grande equipa, muito agressiva e ofensiva. Temos de ser muito compactos.» Gian Piero Gasperini (Atalanta): «Celtic joga sempre para ganhar e tem jogadores muito rápidos. Temos de jogar muito bem».
Brest-Leverkusen: ideias de Xabi e QI de Alonso
Duas vitórias para o Brest (2-1 em casa do Strum Graz e 4-0 em Salzsburgo), duas para o Leverkusen (4-0 em casa do Feyenoord e 1-0 na receção ao Milan). Xabi Alonso (Leverkusen) quer concentração: «Só assim e com ideias bem definidas, mas também muito atentos, poderemos ganhar». Eric Roy (Brest): «Alonso é como treinador o que era como jogador, com uma perceção muito boa do futebol e com QI muito elevado».
Atl. Madrid-Lille: memórias da Luz e Alvalade
Os madrilenos tentam recuperar da goleada na Luz (0-4) e regressar às memórias frente ao RB Leipzig (2-1), enquanto o Lille vacila entre a derrota em Alvalade (0-2) e o triunfo sobre o Real Madrid (1-0).
Man. City-S. Praga: Pep e Friis: não fácil e difícil
Pep Guardiola (Man. City, com Rúben Dias e Bernardo Silva no onze) diz que «só nos últimos dois dias» começou a olhar para o Sparta, mas diz ter «boa impressão» sobre os checos e que «não será fácil». Lars Friis (Sparta Praga) aposta no pragmatismo: «Temos 4 pontos, vamos tentar regressar a casa com 5, mas é difícil».
Salzburgo-D. Zagreb: pior defesa frente a pior ataque
Quem tem um ponto (D. Zagreb) e zero pontos (Salzsburgo) só pode pensar em ganhar. Vai ser a pior defesa da prova (11 golos para os croatas) contra um dos piores ataques (0 golos para os austríacos).
Young Boys-Inter: pior ataque e melhor defesa
Suíços (com Abdu Conté) são últimos com zero pontos e italianos são nonos com quatro. Um dos piores ataques com zero golos e uma das melhores defesa com zero golos. Diferencial tremendo.