Ancelotti não será o primeiro estrangeiro a treinar o Brasil e até já houve um português
Carlo Ancelotti foi, esta segunda-feira, anunciado como novo selecionador do Brasil. Depois de quatro anos no Real Madrid, o italiano vai conduzir, pela primeira vez na carreira, uma seleção.
Uma contratação mediática e pouco usual na seleção canarinha, que não costuma ter treinadores estrangeiros ao leme. Contudo, Ancelotti não será o primeiro estrangeiro a treinar no Brasil e até já houve um português no cargo.
Em quase 110 anos de existência, a seleção brasileira teve 35 treinadores, além de outros 19 com o título de interino. Destes, apenas três foram estrangeiros.
Ramón Platero
O primeiro foi o uruguaio Ramón Platero. Além disto, foi também o único estrangeiro a comandar o Brasil num torneio. Campeão sul-americano como treinador do seu país em 1917, chegou ao Brasil dois anos depois para trabalhar no Fluminense e teve passagens ainda por Flamengo e Vasco. E foi quando estava no clube de São Januário que recebeu a oportunidade de dirigir o Brasil no Campeonato Sul-Americano de 1925, na Argentina, antiga versão do que é hoje a Copa América.
Foram apenas 19 dias como treinador da seleção canarinha, de 6 a 25 de dezembro, com quatro partidas realizadas, onde somou duas vitórias, um empate e uma derrota.
Joreca
Jorge Gomes de Lima, o Joreca, é o único europeu (até Ancelotti se estrear) a ter comandado a seleção brasileira. Natural de Lisboa, chegou ao Brasil ainda jovem e por lá se afirmou como treinador. Na década de 40, depois de ter tido sucesso no comando do São Paulo, foi convidado para treinar a seleção, ao lado de Flávio Costa, lenda do Flamengo e Vasco da Gama.
Juntos treinaram a equipa em dois jogos particulares, contra o Uruguai, em 1944. As partidas aconteceram nos dias 14 e 17 de maio daquele ano, com duas vitórias: 6-1 e 4-0.
Filpo Nuñez
Por fim, Filpo Nuñez, o único argentino a treinar o Brasil. Mas o trajeto de Nuñez na canarinha foi curto. Na verdade, durou apenas... um dia.
Em 1965, Vicente Feola era o treinador da seleção bicampeã do mundo, mas a Conferação Brasileira decidiu que o Palmeiras representaria o Brasil num particular contra o Uruguai, para a inauguração do Estádio Mineirão. Como o argentino era o responsável pelo clube paulista, foi ele quem esteve no banco no 3-0 sobre os uruguaios.
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