Corrida contra o tempo no Brasil: mudar selecionador... antes de mudar o presidente

A novela de Carlo Ancelotti na seleção do Brasil continua, com um novo episódio que aumenta o suspense e oferece uma intriga inesperada.

Os brasileiros preparam-se para a possível destituição do presidente da Confederação brasileira (CBF) através de uma ação legal, pelo que Ednaldo Rodrigues está numa corrida contra o tempo para assinar contrato com o técnico italiano para assumir o comando da Seleção.

O diário As mantém que Ancelotti vai assinar com o Brasil na próxima semana, depois do clássico do Real Madrid com o Barcelona, e que a CBF prepara um plano jurídico para garantir que Ancelotti mantenha o cargo caso Ednaldo Rodrigues seja afastado.

Nesta semana que passou, o Supremo Tribunal Federal (STF), através do ministro Gilmar Mendes, negou o pedido de afastamento do presidente feito pela deputada Daniela do Waguinho, mas enviou o caso para o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro, por «graves suspeitas». Este irá em breve pronunciar-se sobre o processo contra o presidente da CBF, que pode já não estar no cargo na próxima semana. Em causa estará a alegada falsificação de uma assinatura no documento que consagra a eleição de Ednaldo Rodrigues, em 2022.

Não se sabe se vai sair ou que hipóteses tem de regressar ao cargo, pelo que assegurar a assinatura é vital.

Tudo parecia estar definido há mais de dois meses, mas o acordo final não se concretizou porque as negociações arrastaram-se, não estando clara a situação no Real Madrid.

O jornal espanhol refere ainda que Ancelotti é o favorito da CBF, mas não do povo: esse é Jorge Jesus, que apelida de «messias» depois do sucesso no Flamengo. O treinador português, que impressionou durante o período em que orientou o clube do Rio de Janeiro, (conquistou o título brasileiro, a Copa Libertadores, a Recopa Sul-Americana, a Supertaça do Brasil e a Taça Carioca) rescindiu o contrato com o Al Hilal por mútuo acordo a 2 de maio, ficando livre para assumir o cargo na Seleção.