Amorim exige reação: 30 jogos, 30 golos sofridos
Adán sofreu 24 golos em 22 jogos e Franco Israel sofreu seis em oito partidas (IMAGO)

Amorim exige reação: 30 jogos, 30 golos sofridos

NACIONAL25.01.202408:00

Números preocupam e treinador apela aos níveis de concentração. Leão terminou com a folha limpa em apenas nove ocasiões. E ainda muitas dúvidas quanto ao presente e futuro na baliza

Alerta em Alvalade. Para um leão confiante, dominador, que respira saúde, líder do campeonato, mas reincidente em erros defensivos que continuam a custar comprometedores pontos e derrotas. O duelo diante do SC Braga foi (apenas) mais um exemplo da permeabilidade leonina que chega a esta altura da temporada com números verdadeiramente alarmantes: 30 jogos, 30 golos sofridos. 

Esta média (de um golo por jogo) obriga a uma reação imediata. Rúben Amorim, que até já chegou a vincar essa debilidade publicamente, pretende reforçar esse nível de concentração, não apenas defensivo mas coletivo, quando a equipa se prepara para entrar numa fase de muitas decisões, nas quais qualquer erro poderá custar caro nas contas do campeonato. E é aí, nesse grande objetivo, que estão centradas todas as atenções a partir de agora. 

O plantel regressou ontem ao trabalho e Amorim fez questão de reforçar esse ponto, apelando a uma maior consistência e solidez. E se no ataque a equipa tem correspondido com golos – os leões já são o melhor ataque da Liga –, a nível defensivo os problemas têm sido evidentes. E teimam em não estancar... De resto, diga-se, nos 30 jogos oficiais esta temporada, os leões apenas terminaram um jogo com a folha limpa em 9 ocasiões. Um balanço negativo e que, de resto, não se justifica com as opções que o técnico tem ao seu dispor, até porque, por exemplo, só esta temporada, já teve Gonçalo Inácio e Diomande, distinguidos como defesas do mês para a Liga. E onde também constam nomes de enorme experiência como Coates, Neto ou Matheus Reis, passando pela afirmação do jovem Eduardo Quaresma. Muitas soluções, muitas experiências nesse setor, mas sem a estabilidade desejada no que respeita a golos. 

Adán tem o estatuto de titular indiscutível desde a chegada de Rúben Amorim (RUI RAIMUNDO/ASF)

Adán e Israel, presente e futuro?

Rúben Amorim tem testado muitas (e novas...) dinâmicas defensivas. O duelo com os minhotos, aliás, trouxe um elemento novo: Franco Israel, guarda-redes uruguaio de 23 anos, que tenta sair da sombra de Adán que, aos 36, encontra-se em final de contrato e com futuro incerto em Alvalade. Dúvidas que não ficam no espanhol, pois, para já, permanece alguma incerteza quanto ao sucessor. E tem sido nesse sentido que o sul-americano tem vindo a ser testado. 

A baliza do leão é, desta forma, uma incógnita a breve prazo. O presente, esse, está bem identificado com Adán a dar totais garantias ao treinador. As boas notícias, olhando para o que se segue, estão no aumento do lote de opções no setor mais recuado. Com três ‘reforços’ que se preparam para atacar a segunda metade do campeonato. Falamos, claro está, de Diomande, que até poderá chegar mais cedo do que o previsto do CAN, além de St. Juste (que regressou e já foi convocado diante dos minhotos), além de Fresneda que volta no início do próximo mês.