Álvaro Pacheco: «Temos de ter capacidade para criar mossa no FC Porto»

Treinador do V. Guimarães revela ambição para a 2.ª mão das meias-finais da Taça de Portugal; considera que vai ser um jogo totalmente diferente dos dois anteriores; ambição para marcar presença no Jamor.

Álvaro Pacheco, treinador do V. Guimarães, abriu a conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o FC Porto, desta quarta-feira, no Estádio do Dragão, com uma mensagem especial: «Abraço muito forte para o Rui Duarte [treinador do SC Braga] e para o João Mendes que foi operado, correu bem e vai regressar ainda mais forte.»

Que expectativas tem para esta partida, tendo em conta que a vantagem magra do FC Porto (1-0)?

- Vamos dar início ao segundo jogo e neste momento estamos a perder por 0-1. Para estarmos na final temos de ganhar o jogo. Vamos com uma ambição muito grande.

De alguma forma a crise que o FC Porto atravessa ajudou na preparação deste jogo?

- Não avaliamos isso. É uma competição diferente que o FC Porto, não tenho dúvidas nenhumas, dá prioridade neste momento e que a quer ganhar, pois o campeonato está difícil. Nós também queremos muito estar na final, pois não estamos lá há muito tempo. Estamos a perder ao intervalo e temos de entrar com uma vontade muito grande, temos de ser Vitória, ter capacidade de criar mossa ao FC Porto e fazer de tudo para estarmos na final.

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Sendo o quarto jogo da temporada com o FC Porto e o terceiro em 15 dias, ainda há espaço para surpreender?

- Vai ser um jogo diferente dos outros, apesar do conhecimento mútuo. Tem um cariz diferente. No primeiro jogo destes três foi muito tático, pois o FC Porto, e bem, quis levar a eliminatória para sua casa, no campeonato havia três pontos que o FC Porto queria muito conquistar e teve uma abordagem diferente. Agora, o FC Porto está em vantagem e quer ir para a final e nós também queremos, por isso temos de ser audazes para irmos ao Jamor. Vai ser um jogo emotivo, muito disputado, com duas equipas a quererem ganhar.

Que tipo de abordagem vai ter para esta partida?

- A forma de abordar o jogo não se vai alterar. Abordamos todos os jogos para o ganhar. Agora, temos de olhar para de que forma vamos ter de o ganhar, Perceber o sentido do jogo, dentro daquilo que treinamos e da estratégia que delineamos para esta partida. Acho que vai ser um jogo fantástico, com duas equipas a quererem estar na final.

De que forma as lesões de João Mendes e ainda de Ricardo Mangas o condicionam?

- A vida e o futebol são mesmo isto. Claro que gostava de ter todo o plantel disponível, mas temos de ser capazes de treinar e de criar uma mentalidade de campeões em todo o plantel, para que quando por alguma razão houver jogadores que não possam dar o seu contributo, há outros totalmente preparados para integrarem o onze.

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De que forma o regresso de Taremi o preocupa?

- Não olho para isso, O meu foco é o Nélson, o Jota e o Kaio, esse é o meu interesse, ou seja, de como eles vão chegar ao golo, pois temos de fazer golos.

O recente triunfo alcançado para o campeonato, no Estádio do Dragão, dá outra motivação à equipa?

- O FC Porto naquele momento tinha de fazer tudo para conquistar os três pontos, agora é diferente, pois eles estão na frente e não precisam de ganhar para estarem na final. Temos de ser nós a ir atrás. Tenho a certeza que o FC Porto vai fechar os espaços que aproveitamos no último encontro e vamos ter de fazer algo de diferente para podermos procurar novas soluções na tentativa de chegarmos à final.

A ausência de João Mendes que vinha sendo preponderante nesta fase da temporada, deixa-o mais limitado?

- Estava a fazer uma época extraordinária. É um jogador especial, com carisma, perfurme, inteligência e capacidade de decisão, mas o nosso plantel tem jogadores desse calibre, talvez a jogar de forma diferente, mas com capacidade para jogarem. Olhar para este jogo como uma oportunidade para outros poderem mostrar o seu valor e darem tudo nesta eliminatória.