Abel Ferreira abre a porta da saída do Palmeiras: «Estou de saco cheio»
Abel Ferreira (IMAGO / Sports Press Photo)

Abel Ferreira abre a porta da saída do Palmeiras: «Estou de saco cheio»

INTERNACIONAL12.11.202308:34

Treinador português, que deixou duras críticas à CBF, admite deixar o 'verdão' antes do fim do contrato, que é válido até dezembro de 2024

Abel Ferreira deixou em aberto a possibilidade de deixar o Palmeiras antes do fim do contrato, que é válido até dezembro de 2024.

«Agora temos 15 dias ou uma semana para ficarmos tranquilos [paragem para os compromissos das seleções]. Estou de saco cheio desses jogos seguidos, viagens seguidas. Marcam jogos, tiram jogos. O campeonato acaba no dia 3, depois acaba no dia 7. Prestem atenção às declarações dos treinadores que vão passando por aqui, portugueses, brasileiros, argentinos. Mas vocês preferem discutir... Critiquem a organização, a quantidade de viagens que se fazem... Se fazem, eu não ouço. Porque, quem está a mandar, não ouviu. Se for preciso trocar quem manda, troquem para que as decisões sejam melhores. É uma vergonha a CBF deixar fazer oito jogos seguidos com dois ou três dias de descanso. É uma vergonha. Isto é insano para todo mundo», começou por dizer, em conferência de imprensa, depois do triunfo diante do Internacional que coloca o Palmeiras na liderança à condição do Brasileirão.

«Para verem como estou preocupado com as contas do Brasileirão, nem as fiz... Estou preocupado com a minha equipa. Vão jogar Botafogo-Bragantino, eles que se enrosquem. É muito jogo seguido, é muita conferência de imprensa seguida, é muita viagem seguida. É chegar ao CT às 4 da manhã, decidir se eu vou dormir ali ou com a minha família... Não é isso que eu quero para mim», prosseguiu.

Confrontado diretamente com a possibilidade de sair do verdão antes de terminar o contrato: «Estou de saco cheio mesmo. Tenho de esperar para ver.»

Relativamente a algumas críticas dos adeptos: «De que adeptos estão a falar? Dos que vêm aqui para nos apoiar ou aqueles que ficam em casa num computador, fazem um blog e criticam-nos para influenciar os outros? É isso que digo aos meus jogadores: não se deixem influenciar por esses adeptos, que às tantas nem sócios são. É por isso que temos um espírito de grupo muito forte. Se forem falar, falem para incentivar. Isso que estou a falar são 3 por cento dos adeptos. Acerto e erro como todos, mas a sensação que fico é de que aqueles que estão à frente dos computadores sabem tudo, não erram e falam sempre no final. Eu prefiro valorizar todos os outros 97 por cento dos adeptos.»