Arouca-Sporting, 0-3 A análise de Duarte Gomes à arbitragem: penálti por marcar para o Sporting
Um erro de interpretação sem impacto direto no jogo
João Pinheiro dirigiu o Arouca-Sporting. O árbitro internacional da AF Braga recebeu a colaboração de João Gonçalves (desempenhou a função de VAR).
Segue análise técnica aos lances mais relevantes do encontro:
8' Jason caiu na área adversária sem que nenhum adversário tivesse cometido falta passível de pontapé de penálti. Esteve bem a equipa de arbitragem ao nada assinalar.
10' Loum entrou de forma algo impetuosa sobre Viktor Gyokeres e foi (bem) avisado para não reincidir naquele tipo de conduta.
15' Jason estava em posição irregular quando Tiago Esgaio lhe passou a bola. A decisão do árbitro assistente foi correta. Na sequência, Morozov foi derrubado na área do Sporting, fruto de abordagem imprudente de Hjulmand. O penálti não chegou a existir devido ao adiamento anterior de Jason.
24' Golo legal de Pedro Gonçalves a inaugurar o marcador. Antes Trincão, que fez a assistência, dominou a bola com o peito, não com o braço.
41' Lance de interpretação, o que desde logo "justifica" a decisão tomada pela equipa de arbitragem. Nós temos opinião diferente: Loum esticou a perna esquerda, tentando derrubar Trincão. O árbitro aplicou a vantagem, porque o avançado tentou prosseguir a jogada, embora visivelmente desequilibrado. Foi nessa condição e em velocidade que entrou na área adversária, sendo depois empurrado a duas mãos por Fontán. Naquelas circunstâncias, qualquer toque (mesmo que ligeiro) é mais do que suficiente para derrubar um jogador, fazendo "xeque-mate". Foi aquele contacto que determinou a queda de Trincão. Seria pontapé de penálti para os visitantes.
49’ David Simão falhou tempo de entrada, pisando o pé de Hjulmand. O árbitro aplicou bem a vantagem e não advertiu o médio do Arouca. A infração foi negligente.
51' Pontapé de canto executado por Quenda levou a bola a tocar no braço de Fontán (na área dos visitados), sem que o defesa espanhol nada tivesse feito de evitável ou irregular. Lance bem analisado.
53' Jason perdeu o lance sem sofrer infração de Gonçalo Inácio (o espanhol caiu porque pisou a bola e desequilibrou-se). Na sequência Sylla derrubou Trincão de forma notoriamente antidesportiva. Foi bem advertido, naquela que foi a primeira ação disciplinar da partida.
60' Fontán agarrou ostensivamente Gyokeres, cometendo infração antidesportiva. João Pinheiro entendeu punir com amarelo a reincidência do espanhol (fez esse gesto).
61' Intervenção correta do VAR a retificar decisão de campo: Nuno Santos, inclinado para a frente, partiu de posição irregular no lance que resultaria no (auto)golo para a sua equipa. Em campo a análise era muito difícil. A vídeo tecnologia repôs a verdade do lance.
68' Duas análises na mesma jogada: primeiro Hjulmand que para se movimentar colocou os dois braços à volta de David Simão, que estava à sua frente a tentar impedir a desmarcação daquele. O contacto existiu mas não pareceu determinar a queda do jogador do Arouca; depois Pedro Gonçalves cabeceou bola que só as imagens ampliadas permitiram perceber que, de facto, resvalou mesmo no braço esquerdo de Fukui. O japonês colocou-se em posição de risco ao levantar o braço daquela forma, criando volumetria evitável/desnecessária. Pontapé de penálti bem assinalado.
90+7' Loum derrubou Gyokeres, cortando ataque prometedor que o avançado sueco poderia iniciar. Viu com justiça o cartão amarelo.