Aberto processo de classificação do arquivo de A BOLA
A Direção-Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas (DGLAB) abriu um processo de classificação do arquivo de A BOLA, como um bem arquivístico e fotográfico de interesse público. O aviso da abertura do processo foi esta terça-feira publicado em Diário da República.
Recentemente, a redação do jornal mudou-se da Travessa da Queimada, no Bairro Alto, para as Torres de Lisboa, mas o arquivo do jornal continua na antiga sede.
Alexandre Pereira, diretor-adjunto de A BOLA, explica que esta foi uma ideia conjunta do jornal com o Comité Olímpico de Portugal: «Procurámos o COP para saber como poderíamos resolver o problema. No novo espaço não há espaço físico para o arquivo, que ainda continua na Travessa da Queimada. É a última coisa que lá está da atual A BOLA e vai estar até que arranjemos uma solução de espaço, de acondicionamento e preservação.»
«Pela importância que atribuímos ao arquivo, sobretudo fotográfico, entendemos que era importante ter parcerias no sentido de cuidar do arquivo. Isto radica num problema de espaço», acrescentou Alexandre Pereira.
Em declarações à agência Lusa, o diretor-heral da DGLAB, Silvestre Lacerda, afirma que este processo é «particularmente significativo» e que só a sua abertura já traz «uma proteção mínima» do arquivo.
Este aquivo inclui milhões de negativos e fotografias, livros, jornais e até o arquivo da antiga revista desportiva Stadium, fundada na década de 1930. «É rico e está bem guardado. Não estará eventualmente conforme às normas de classificação e tínhamos interesse que fosse tratado por alguém que perceba mesmo do assunto, alguém de arquivística e documentalismo, porque queremos que seja útil para a sociedade», concluiu Alexandre Pereira.