Francisco Conceição com o pai, Sérgio

«O Francisco nunca fez uso do nome do pai para se impôr, nunca!»

Garante Israel Dionísio, antigo técnico das camadas jovens do FC Porto, que Francisco Conceição quer vingar em nome próprio: «Nunca dei pelo Sérgio nos treinos do filho»

LEIPZIG – Como lida Francisco Conceição com o facto de ser filho de um antigo internacional e hoje treinador de sucesso como Sérgio Conceição? Alguma vez puxou dos galões de ser o filho de quem é? «Não! Antes pelo contrário! Claro que vão sempre associá-lo. É uma inevitabilidade. Mas tudo o que ele faz ou sempre fez foi tentar afastar-se desse rótulo. Ele quer afirmar-se como o Francisco jogador em nome próprio e não o filho de… E nunca, mesmo nunca fez uso do nome do pai para se impôr ou ganhar algo com isso», conta Israel, concluíndo sobre o tema: «Foi sempre um jovem como os outros, nunca puxou dos galões.»

E, à margem desse desejo de se impôr, como é a relação dele com o pai? «Pela pessoa que o Sérgio é – treinador exigente e competitivo – acredito que também será na educação dos filhos e isso claro que ajudou o Francisco. Mas também sei que, quando se tem um pai famoso, em determinadas alturas isso pode ser desconfortável. Uma coisa é certa, o Chico sempre teve muita personalidade e sempre quis vingar em nome próprio. E o pai, o Sérgio, também nunca incomodou: houve dois ou três treinos em que alguém me disse que estava ali o Sérgio a ver o treino, mas não se fez sentir. Agora, claro que, em casa, acredito que se viva o futebol intensamente, é uma família que respira futebol», constata o técnico.