Defende-se o treinador do Sporting garantindo que, por conta de tantas lesões e castigos, ainda não vimos o 'seu' verdadeiro futebol. Resta saber até onde se estende a paciência dos adeptos...
No último Natal, Rui Borges já sabia o desafio que tinha pela frente no dia seguinte, quando foi apresentado como treinador do Sporting. Foi tudo o que conseguiu concretizar antes que o levou até ao comando dos leões, mas, no instante em que Varandas anunciou ao mundo que o mirandelense era o novo treinador dos leões, o passado deixou de contar e só o futuro imediato interessava aos milhões de adeptos sportinguistas.
Se a subida a pulso protagonizada desde 2017, do Mirandela ao Vitória de Guimarães, raramente mereceu holofotes, a chegada a Alvalade colocou-o sob a mais intensa luz. E se o desafio, per si, já seria hercúleo, tratando-se de um clube como o Sporting, atual campeão nacional e, até há dias, a disputar a Liga dos Campeões, as pesadas pedras que Rui Borges encontrou pelo caminho tornaram-no ainda mais avassalador, a roçar o insuportável.
Treinador fez a antevisão do jogo com o Estoril realçando que vai haver mais adaptações. Alexandre Brito está em dúvida, Debast, muito elogiado, pode aparecer no miolo
À quebra emocional que se seguiu à saída de Ruben Amorim juntou-se, durante a estadia de João Pereira, uma crise de resultados sem igual em muitos anos. E as melhoras esperadas com a chegada do técnico transmontano, depois do elogiado trabalho realizado na Cidade Berço, acabaram por não se concretizar na plenitude desejada. Os motivos são muitos e difíceis de esplanar neste curto espaço, mas há factos indesmentíveis.
É gritante a diferença de atitude dos jogadores desde o adeus de Amorim, com quem corriam o dobro, com quem pressionavam mais, por quem morriam em campo. Mas, o certo é que, ainda com o agora técnico do United no banco, já havia sinais do que aí vinha... e, mesmo que Amorim ficasse, não duvido que também ele estaria a passar um mau bocado.
Rui Borges garante que faz o melhor com o que tem e que não tem por hábito queixar-se do incontrolável — embora já tenha lançado a crítica ao presidente do Sporting de que um plantel que se quer vencedor não pode ser tão curto. E como tem sido ainda mais curto o dos leões, sem Pedro Gonçalves e Nuno Santos há tanto tempo, com Gyokeres a meio gás, agora sem meio-campo (lesões de Morita, Bragança, Hjulmand, João Simões e, se calhar, Brito), só mencionando alguns...
Certo é que o Sporting não ganha dois jogos seguidos em 90 minutos, desde a partida de Amorim. Defende-se o atual treinador, garantindo que, devido a tantas lesões e castigos, ainda não foi possível ver o seu futebol no Sporting. Resta saber quando veremos o verdadeiro Rui Borges. O Estoril, de Ian Cathro, é o desafio que se segue, já hoje. E que desafio!
Desapareceu em Barcelos o fantasma das metades finais de pesadelo que atacou com FC Porto, Dortmund, V. Guimarães e Aves SAD. Viu-se, assim um Sporting veloz e dominante (e com Gyokeres) após o intervalo, num segundo tempo que garantiu as meias-finais da Taça