Salvador Salvador dá autógrafos após o França-Portugal do Mundial de andebol que terminou com a vitória dos franceses, por 35-34
Portugal (na imagem com Salvador Salvador) conquistou muitos fãs durante o Mundial de andebol (Foto: IMAGO)

Portugal no topo: o andebol promete mais

OPINIÃO04.02.202506:00

Palavra de Gverreiro é o espaço de opinião quinzenal de Pedro Sousa, Adepto do SC Braga e Deputado à Assembleia da República

O Andebol português viveu, no recente Campeonato do Mundo, um momento de rara grandeza. A prestação da nossa Selecção Nacional não se limitou a resultados; foi uma afirmação de carácter, de talento e de uma determinação que transcendeu o Desporto.

Num país onde o Futebol domina as atenções, o Andebol provou que também sabe escrever páginas gloriosas, capazes de inspirar gerações e de nos fazer sonhar mais alto.

O brilhantismo desta equipa não se mede apenas em vitórias ou classificações. Mede-se na forma como jogou, na entrega de cada atleta, na inteligência táctica e na capacidade de superar adversários de renome. Foi uma demonstração de que o desporto português, quando unido e bem preparado, pode competir ao mais alto nível e surpreender o mundo.

Mas o verdadeiro legado desta geração vai além do que aconteceu dentro das quatro linhas. Estes jogadores plantaram sementes que germinarão no futuro.

Mostraram aos mais jovens que, com trabalho, disciplina e paixão, é possível alcançar o impossível. Provaram que o Andebol português não é um parente pobre do desporto nacional, mas uma modalidade vibrante, cheia de potencial, capaz de emocionar e unir os portugueses.

Este momento histórico deve servir de impulso para o futuro. É essencial que as estruturas desportivas, os clubes e as entidades públicas aproveitem este momentum para investir na formação, nas infra-estruturas e na divulgação do Andebol. Só assim poderemos garantir que o sucesso de hoje não seja um ponto final, mas o início de uma nova era, de um novo tempo para a modalidade.

O Andebol português deu-nos um exemplo de excelência e de união.

Resta-nos, agora, honrar esse legado, cultivando as sementes que esta geração deixou e trabalhando para que o futuro seja tão brilhante como o presente extraordinário que acabamos de viver.