Seleção Nacional feminina - Foto: FPF
Seleção Nacional feminina - Foto: FPF

«A forma dominadora como jogámos nos EUA diz-nos que estamos no caminho certo»

Vitória sobre as campeãs olímpicas foi importante para reforçar a convicção de Portugal

A Seleção Nacional recebe esta sexta-feira os Países Baixos, num encontro particular, que antecede a qualificação do Mundial 2027. Na antevisão ao duelo, Francisco Neto e Dolores Silva destacaram o momento de crescimento da equipa e a importância de enfrentar adversários de topo.

O Selecionador Nacional começou por recordar o percurso recente das Navegadoras, sublinhando os resultados que espelham a evolução: «Temos a vitória frente à Bélgica, o empate com Inglaterra - campeã da Europa. Depois, um empate em casa com a Nigéria - campeã africana, um empate com a Itália, no Europeu e a vitória agora com as campeãs olímpicas - os Estados Unidos.»

Mas reconhece que estes desafios são essencais para a construção de uma equipa mais madura e para reforçar que estão no caminho certo: «Não nos encondemos atrás das coisas, temos que querer ser melhores e trabalhamos para isso, mas ir a casas das campeãs olímpicas, onde pouca gente lá ganhou, e a forma como ganhámos, e como competimos no segundo jogo, para mim isso é o mais importante nestes momentos em que estamos a preparar a equipa. A forma dominadora como jogámos diz-nos que este é o caminho, mas temos que o conseguir fazer mais vezes, ser mais consistentes. Sabemos internamente porque não o somos, mas o crescimento de uma equipa e de um projeto é feito destes altos e baixos.»

Sobre os adversários (Países Baixos e Brasil) estarem bem colocados no ranking mundial, 11.º e 7.º lugar, respetivamente, Francisco Neto foi claro: «O caminho mais fácil seria não competir com estas equipas, mas temos a perfeita noção de que se não jogamos contra elas, nunca vamos estar no mesmo patamar. Para chegarmos a esse nível, temos que jogar com as melhores seleções para estarmos mais preparados mais à frente.»

Francisco Neto destacou ainda a energia traziada pelas novas convocadas - Carolina Santiago, Érica Cancelinha, Maísa Correia, Inês Meninas e Raquel Ferreira: «Estão a dar os primeiros passos no futebol sénior, mas têm demonstrado que estão aptas para estar neste contexto, mas como em todas as jogadoras, isto demora tempo porque o nível é alto.»

Também Dolores Silva mostrou-se otimista quanto ao momento da equipa. «Temos vindo a trabalhar bem, muito focadas no que queremos potenciar na nossa equipa e depois estudar a estratégia dos adversários. Para nós, é sempre uma oportunidade jogar contra grandes equipas e este é mais um estágio em que podemos fazer isso», sublinhou.

A capitã reforçou o impacto positivo que os jogos com as campeãs olímpicas teve nas Navegadoras: «Foi muito bom voltarmos a ter a sensação de que somos capazes de competir ao mais alto nível independentemente do que aconteceu no Euro. O objetivo é sempre continuar a crescer.»

Dolores Silva reconheceu ainda que a vitória em solo norte-americano pode ter funcionado como um momento de viragem. «Não tínhamos terminado o Europeu da maneira como queríamos, e para nós foi super importante. Tudo o que mostrámos em campo representa o que somos como equipa, que em momentos menos bons nos vamos levantar porque temos qualidade para isso. Mas, não nos podemos agarrar só a isso, temos que continuar a trabalhar ao máximo, crescer e evoluir, representando Portugal com a máxima honra e orgulho», concluiu.

As Navegadoras entram em campo, esta sexta-feira, às 19h45, frente ao Países Baixos, no Estádio Municipal de Braga.