«Todas as oportunidades que tivermos para jogar contra as melhores, assim iremos fazer»
Com duas estreias no seu lote de convocadas e a antecipar o futuro, Francisco Neto e a Seleção Nacional feminina preparam-se para defrontar os Países Baixos, 11.º do ranking FIFA, e o Brasil, 7.º. Portugal, refira-se, ocupa o 23.º posto.
Após ter defrontado os EUA, quatro vezes campeão mundial e até venceu a primeira das duas partidas, a equipa portuguesa conta para este duplo compromisso com a defesa central Inês Meninas (Valadares Gaia, emprestada pelo Benfica) e a médio Raquel Ferreira (Torreense) como novidades para se bater com dois opositores poderosos já a pensar na fase de apuramento para o Mundial 2027.
«Todas as oportunidades que tivermos para poder jogar contra as melhores, assim iremos fazer, sabendo que é difícil, que nos expomos a algo que pode ser danoso para nós, mas acreditamos que o que retiramos no final desses jogos é muito mais produtivo e importante para o nosso trajeto, que é chegar às fases finais», justificou o selecionador luso.
Neto assume ter os dois play-offs de acesso ao próximo Mundial no horizonte, que se seguirão à fase inicial, a disputa da Liga das Nações B, que arrancará em fevereiro - «possivelmente daqui a um ano iremos estar a jogar um play-off contra uma equipa acima de nós no ranking», recorda – e, para o acautelar, testará Portugal ante as neerlandesas, em Braga, no dia 28, e as brasileiras em Aveiro, a 2 de dezembro, quatro dias depois.
Raios-x aos dois adversários
Países Baixos: «Trocaram agora de treinador, com nova liderança e ideia de jogo diferente do que tinham, nitidamente com muita energia, algumas jogadoras novas também a surgir. É uma equipa com ADN de Países Baixos, que gosta de dominar os jogos, de ter a bola, ter protagonismo dentro do jogo, com muita dinâmica, principalmente no seu meio campo e um grupo de jogadoras individualmente também em grandes clubes e muito fortes»
Brasil: «É uma equipa que neste momento está a abordar o jogo com uma marcação individual, a campo inteiro todo o jogo, algo não muito normal no contexto internacional, e será um desafio também completamente distinto. Depois, também tem um conjunto de muitas jogadoras a jogar fora do Brasil, com muita experiência internacional, nas melhores ligas e na liga dos EUA, que até acho ser a mais competitiva do mundo. Sete ou oito jogadoras são vindas de lá, duas ou três ontem foram eleitas no onze [ideal] do campeonato.
Isso representa muito sobre o valor individual do Brasil mas, ao mesmo tempo, coletivamente tem uma ideia de jogo completamente diferente do que estamos habituados na Europa, será também muito interessante perceber como nos vamos adaptar, que tipo de problemas vamos conseguir criar-lhes e de que forma iremos resolver os problemas que eles certamente também nos vão colocar», expôs, por fim.
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