Volta a Itália: para Pogacar será «mais uma semana e depois... o Tour»
Há uma semana, no primeiro dia de descanso da 107.ª edição da Volta a Itália, Tadej Pogacar afirmou que mudaria para uma estratégia de corrida mais conservadora, porque a vantagem que adquirira na classificação permitia-lhe ser menos ofensivo, economizando energia. Volvidos sete dias, a moderação do discurso do camisola rosa e a tranquilidade com que projeta a derradeira fase da prova mais do que duplicaram. É a proporção do aumento da distância que, entretanto, o esloveno conquistou para os seus perseguidores diretos Geraint Thomas e Daniel Martinez, de quase três minutos para praticamente sete.
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Neste Giro, Pogacar está sozinho no seu planeta, e mesmo uma terceira semana mais montanhosa não parece haver quem possa destroná-lo da liderança, mas só o que poderá fazê-lo: acidente ou doença. Por esse motivo, não surpreende que o corredor da UAE Emirates olhe já para o próximo objetivo após a corrida italiana, a Volta a França. «Faltam seis dias, vamos terminar primeiro o Giro e só depois pensaremos a 110% no Tour», refere Tadej Pogacar durante uma conferência de imprensa remota, esta segunda-feira, no segundo dia de descanso do Giro. «Defender a camisola rosa motiva-me para o que falta. Lutei muito para conquistá-la e mantê-la», reforça.
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«Pelo que dizem, terminando o Giro em boa forma e recuperando bem depois, é possível estar no nosso melhor nível no Tour, e eu pretendo consegui-lo», continua Pogacar. «Tenho de terminar o Giro com moral em alta, em boa forma físicas, e depois relaxar, acalmar um pouco, só depois iniciar o estágio de preparação para o Tour», acrescentou.
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O esloveno, de 25 anos, já venceu quatro etapas nesta edição da corsa rosa, a mais recente, no último domingo, em Livigno, após um ataque decisivo a 13 quilómetros do final. «É definitivamente uma das minhas melhores performances de sempre. Para mais, ganhar uma etapa importante de uma grande volta é o que todos os corredores ambicionam».
Tadej Pogacar elege a 20.ª e penúltima etapa, no sábado, com a dupla subida ao Monte Grappa, como a mais importante no que falta neste Giro. «Será uma das mais difíceis com duas subidas longas. Será exigente e espetacular», prevê. «Veremos como a equipa se sente nesta derradeira semana, mas creio que podemos correr com um pouco mais de segurança», antecipa.
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O maglia rosa diz-se encantado as manifestações de carinho que lhe têm sido prestadas pelo público à beira das estradas italianas. «Os fãs, nesta corrida, são mesmo incríveis. Na etapa rainha [a 15.ª, que venceu em Livigno] eram tantos ao longo de mais de 200 km que entoarem o meu nome, ouve momentos em que o fizeram quase aos meus ouvidos! É brutal e por vezes assusta, mas dá motivação extra», conclui a principal figura deste Giro.