Vasco Botelho da Costa: «É preciso um 'transfer' na atitude, concentração e foco»
Depois da derrota caseira frente ao FC Porto, o Moreirense aposta tudo numa vitória na deslocação, este domingo, a Arouca. Vasco Botelho da Costa já analisou o encontro com os dragões ao mais ínfimo pormenor e quer agora um virar de página.
«É preciso um transfer na atitude, concentração e foco, sem dúvida. No jogo jogado, vais ser completamente diferente na dimensão estratégica e tática. Sem dúvida que há algo que podemos tirar de positivo do último jogo é a questão do mindset que os jogadores apresentaram sempre. Levamos com um duro golpe no fecho da primeira parte, mas os jogadores continuaram muito focados no jogo que tinham de fazer e as coisas acabaram por correr relativamente bem na segunda parte. O Arouca é uma equipa muito bem trabalhada, tem um treinador de quem gosto muito, que acompanho desde que estava nos sub-23 do Estoril. Vai preparar-se ao máximo detalhe para encontrar as nossas fragilidades. Vamos ter de estar muito sólidos na nossa identidade e processo porque é difícil prever o que eles vão fazer a 100 por cento. É uma equipa muito bem trabalhada, muito forte», analisou o técnico dos cónegos.
E qual a melhor forma para abordar e bater o Arouca no seu reduto? A preparação não muda muito, ainda que tenhamos tido menos dias de treino. Não é a primeira vez que isso acontece, não é encarado como novidade para todos nós. Temos de perceber de que forma podemos jogar o jogo que gostamos de jogar. Temos de perceber que há vantagens claras que podemos explorar. Se formos fiéis à estratégia podemos ser uma equipa bastante perigosa. Vai ser um jogo muito exigente do ponto de vista defensivo, o Arouca tem muita variedade na construção, temos de ter o reportório fresco na nossa cabeça para controlar o que o Arouca pode fazer na construção. Vai exigir muito de nós», assume.
Vasco Botelho da Costa identificou alguns erros do Moreirense na receção ao FC Porto e espera que os mesmos sejam estancados na visita à Serra da Freita. «Cabe-me isolar determinadas situações que merecem ser isoladas, que nos estão a custar pontos. Nesta situação específica, um erro claro, a bola praticamente nem estava em jogo (lance do primeiro golo na derrota com o FC Porto). É preciso ter essa dimensão competitiva para estar dentro do jogo contra uma equipa com a identidade da equipa do FC Porto. Os erros penalizadores podem ser olhados como atos isolados, mas o resultado é a soma de todo os momentos que temos dentro de um jogo. Na qualidade de jogo e dimensão competitiva temos crescido bastante, não está a chegar para termos essa consistência toda para o resultado», salientou ainda.
O Moreirense vai apresentar-se em Arouca com algumas limitações ofensivas, mas o treinador dos cónegos não se refugia em desculpas. «Vamos entrar com onze e ter nove suplentes, esse é o meu maior descanso. Não olho para isso como um problema, a minha função é encontrar soluções. O plantel quando foi construído foi na melhor forma possível para pensar nos piores cenários. Há determinados períodos mais penalizadores, mas isso não entra nas minhas preocupações. O meu trabalho não é hiperbolizar os problemas. Tem sido uma gestão difícil porque temos jogadores com muita qualidade e que têm trabalhado muito bem», vincou, confirmando que André Ferreira vai continuar na baliza: «É uma posição em que podemos olhar como todas as outras do ponto de vista estratégico. Os nossos três guarda-redes têm trabalhado incrivelmente, não tenho problema nenhum em dizer que amanhã vai jogar o André.»