Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel - Foto: SULTAN/EPA
Benjamin Netanyahu, primeiro ministro de Israel - Foto: SULTAN/EPA

Turquia emite mandados de captura para Netanyahu e autoridades israelitas

No total, 37 suspeitos são alvos de mandados de captura, incluindo Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita

A Justiça turca emitiu mandados de captura por genocídio para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e vários responsáveis israelitas, incluindo os ministros da Defesa, Israel Katz, e da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir. No total, 37 suspeitos são alvos dos mandados de captura, disse o Ministério Público de Istambul num comunicado, sem fornecer uma lista completa.

Entre eles, figura também o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas israelitas, Eyal Zamir, indicou o Ministério Público de Istambul, condenando «genocídio e os crimes contra a humanidade perpetrados de forma sistemática pelo Estado de Israel na Faixa de Gaza». A Justiça turca referiu igualmente o caso do 'Hospital da Amizade Turco-Palestiniana' de Gaza – construído pela Turquia -, bombardeado em março pelo exército israelita, que afirma servir de base a combatentes do movimento islamita palestiniano Hamas.

A Turquia, um dos países mais críticos da guerra iniciada na Faixa de Gaza pelo exército israelita na sequência do ataque do Hamas de 7 de outubro de 2023 em Israel, tinha-se já juntado ao processo de genocídio contra Telavive apresentado pela África do Sul perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) no ano passado. Está em vigor desde 10 de outubro um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, a primeira fase de um plano de paz proposto pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, após negociações indiretas mediadas pelo Egito, Qatar, Estados Unidos e Turquia.

Esta fase da trégua envolveu a retirada parcial do exército israelita para a denominada 'linha amarela' demarcada pelos Estados Unidos, linha divisória entre Israel e a Faixa de Gaza, a libertação de 20 reféns em posse do Hamas e de 1.968 prisioneiros palestinianos. O cessar-fogo visa pôr fim a dois anos de guerra em Gaza, desencadeada pelo ataque de 7 de outubro de 2023 do Hamas a Israel, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 sequestradas.