18 segundos bastaram para o FC Porto chegar à vantagem, com golo de Gabri Veiga - Foto: Catarina Morais/KAPTA+
18 segundos bastaram para o FC Porto chegar à vantagem, com golo de Gabri Veiga - Foto: Catarina Morais/KAPTA+

Quem diz que na Europa não há tardes tranquilas? (crónica)

Golo aos 18 segundos deu conforto. Gabri Veiga bisou na primeira parte, Samu sentenciou a partida de penálti. Dez pontos dão maior segurança na passagem e segue-se o Malmo, também em casa...

O FC Porto voltou às vitórias na Liga Europa e logo com a tarde mais tranquila desta caminhada, frente a um Nice que mostrou que não é por acaso que continua com zero pontos na classificação. Após a derrota com o Nottingham Forest e o empate em Utrecht, nada melhor do que ganhar sem sofrimento, ao contrário do que tinha acontecido nas duas primeiras jornadas desta competição (contra Salzburgo e Estrela Vermelha, com golos nos minutos finais).

DOIS GOLOS SEM MUITO ESFORÇO

Bednarek lá recuperou a tempo, mas ficou fora do onze inicial. Tendo em conta o aviso de Francesco Farioli sobre a dimensão física do Nice, não foi assim tão surpreendente ver Pablo Rosario em campo, desta feita ao lado de Kiwior. Já no ataque, a maior surpresa: Deniz Gul surgiu encostado à esquerda, não desfazendo o 4x3x3 mas podendo dar outro apoio a Samu na frente.

Ainda estavam os mais atrasados a entrar no Estádio do Dragão quando, logo na bola de saída, o FC Porto fez o primeiro, por intermédio de Gabri Veiga. O golo logo aos 18 segundos deu conforto, mas não grande entusiasmo. Aproveitou como pôde o Nice para recuperar algumas bolas e sair rapidamente em transição: foi assim que Moffi assustou, aos 19’, após uma má abordagem de Kiwior, mas a tentativa de chapéu a Diogo Costa saiu muito mal.

A partir do banco, Farioli ia pedindo aos seus jogadores para não adormecerem sobre a vantagem e o espanhol Gabri Veiga lá o terá ouvido, pois bisou, aos 33’, após bom trabalho de Froholdt. Até ao final da primeira parte, só registo para o remate torto de Diop (37’) quando conseguiu entrar na área portista sem oposição.

PENÁLTI DITOU A SENTENÇA

A ameaça já tinha surgido antes, mas Bednarek entrou mesmo no início da segunda parte, para o lugar de Alan Varela, combalido desde um choque com Dante. Passou Pablo Rosario para 6, nada de estranho para o polivalente dominicano. Não mudou muito o FC Porto, nem o Nice, nem o jogo aliás. O penálti que Samu conquistou aos 61’ foi só a sentença que já se esperava e que levou mesmo vários adeptos do Nice a saírem do estádio muito mais cedo - teriam certamente algo de mais interessante para fazer...

Não viram então dois remates relativamente perigosos da equipa francesa, ambos a partir do corredor direito e que obrigaram os azuis e brancos a algumas correções. Altura perfeita para fazer entrar sangue novo: primeiro Borja Sainz, depois Luuk de Jong e Rodrigo Mora e ainda Eustáquio. Pelo meio, o benfiquista Tiago Gouveia entrou pelo Nice e não se livrou de uma assobiadela do público do Dragão.

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Daqui a duas semanas, o FC Porto europeu regressa a casa, para defrontar o Malmo. O calendário é por agora mais simpático, mas os jogos não se ganham em teoria. Com 10 pontos e a passagem à próxima fase cada vez mais perto, os dragões seguem com alguma... tranquilidade.