Sporting: segunda versão do leão de Rui Borges com veia (mais) goleadora
A segunda temporada de Rui Borges no comando técnico dos leões trouxe mais do que uma mudança tática . trouxe uma nova alma ofensiva a Alvalade. Com um sistema diferente - passando do 3x4x3 para o 4x2x3x1 -, mais fluido e imprevisível no ataque posicional, a turma leonina apresenta-se agora como uma equipa mais ousada e eficaz no momento de atacar.
A aposta em maior variabilidade ofensiva tem dado frutos: o Sporting vive uma das fases mais produtivas dos últimos anos. Em 15 jogos oficiais nesta temporada, a equipa já marcou 38 golos, falhando apenas uma vez - diante do Benfica, na Supertaça - em encontrar o caminho para as redes adversárias. A média de 2,53 golos por jogo é bem superior à registada na época passada (2,31) e ainda mais expressiva face aos 1,93 golos por jogo do período de Rui Borges na última época.
Gyokeres saiu, mas o golo ficou
Mesmo com a saída da principal referência da última temporada, Viktor Gyokeres, que parecia deixar um vazio difícil de preencher, a máquina ofensiva leonina mostra-se afinada. O clube reforçou-se com Luís Suárez e Fotis Ioannidis, dois avançados que rapidamente provaram estar à altura do desafio... e dos milhões pagos por eles - €22M cada um.
O colombiano soma já oito golos, afirmando-se como o dono da posição de ponta de lança e o melhor marcador da equipa, enquanto o grego contribuiu com três tentos e o mesmo número de assistências. «O Fotis dá-nos mais alguma profundidade que o Luís. O Luís dá-nos o jogo de apoio, também nos dá alguma profundidade e tem melhorado também nesse aspeto e é algo que vamos trabalhando e vamos pedindo. Mas são dois grandes jogadores e felizmente temos os dois do nosso lado», explicou Rui Borges.
A nova dinâmica ofensiva também devolveu o brilho a Pedro Gonçalves, que voltou a exibir a veia goleadora dos seus melhores tempos. A atuar preferencialmente descaído sobre a esquerda ou no apoio ao ponta de lança, o camisola 8 já soma sete golos em 2025/26, superando o registo total da época passada (seis tentos). Agora, o internacional português tem um novo objetivo em mente: aproximar-se da sua temporada mais prolífica, a de 2020/21, quando marcou 23 golos e se consagrou como o melhor marcador da Liga.
Com maior mobilidade e um jogo ofensivo mais imprevisível, a segunda versão do Sporting de Rui Borges tem mostrado que a saída da estrela maior não foi sinónimo de perda de poder de fogo. Pelo contrário - os números provam que os leões rugem agora mais alto do que antes.