Sporting: Nuno Santos sem folgas com vista ao regresso
Tal como numa travessia do deserto, Nuno Santos tem vindo a enfrentar caminho com obstáculos desde 26 de outubro do ano passado, dia em que sofreu um rotura completa do tendão rotuliano do joelho direito, que o levou, de novo, à sala de operações. Foi mesmo a acabar a primeira parte em Famalicão (45+6') quando o camisola 11 se lesionou, após um lance dividido com o médio Zaydou Youssouf.
O esquerdino, de 30 anos, enfrenta intervenção a que já se submeteu por três vezes na carreira — primeiro ao serviço do Benfica, em 2015, depois no Rio Ave, em 2018 — e o regresso aos relvados, sem limitações, tem conhecido alguns recuos. Em primeira instância, Nuno Santos quis regressar na final da Taça de Portugal da época passada (em finais de maio), depois o prazo foi adiado para a Supertaça Cândido de Oliveira (final de julho), até que a Unidade de Performance decidiu que o retorno apenas aconteceria quando não houvesse o mínimo risco de recidiva.
A BOLA sabe que o ala abdicou agora dos três dias de folga que Rui Borges concedeu ao plantel e mantém-se a cumprir plano de trabalho de recuperação na Academia Cristiano Ronaldo, em Alcochete, nesta fase de paragem dos campeonatos, face aos compromissos das seleções nacionais.
Lesionado há mais de um ano, Nuno Santos, que nunca foi opção para Rui Borges, segundo o nosso jornal já noticiou, fez testes no relvado na semana passada, para ser avaliada a reação ao esforço, contudo, a sua reintegração, ainda que de forma gradual, nos trabalhos da equipa deverá acontecer no final do corrente mês, não sendo, para já, previsível uma data para o seu regresso à competição. Certo é que, desde que se lesionou até agora, o ala já falhou 59 jogos oficiais.
Exemplo de resiliência
Visto como um exemplo de capacidade de resistência e resiliência, Nuno Santos tem merecido palavras de incentivo por parte de Rui Borges, sempre que questionado sobre a condição do ala.
«Tem melhorado imenso, pelo menos no que vou vendo e analisando e daquilo que falo com a equipa médica. Tenho a noção de que está melhor e está cada vez mais perto. Há todos os parâmetros que tem de cumprir e que tem cumprido e está nesse caminho. Oxalá que em janeiro possa contar com ele, que me dê dores de cabeça, mas não fico preocupado com essa dor de cabeça, porque fico feliz de o ter comigo. Toda a resiliência que tem tido, toda a capacidade [na recuperação]. É uma lesão difícil. É um autêntico guerreiro, é um exemplo para todos nós, colegas e treinadores», afirmou o treinador do Sporting na conferência de imprensa de antevisão ao jogo com o Santa Clara — 2-1 no sábado.