Sporting: Alisson 'moldado' para fazer sombra a figura do plantel
É uma das caras novas confirmadas para 2025/2026: Alisson Santos, extremo de 22 anos, contratado ao Vitória, do Brasil, por €2,1 milhões. A transferência do brasileiro, que se encontrava cedido ao UD Leiria desde o início da época, foi confirmada após o fecho de mercado de janeiro e o extremo acabaria, pouco depois, recorde-se, por quebrar o vínculo com os leirienses para rumar a Alcochete no final de março — apresentou-se no passado dia 26 — para iniciar o processo de adaptação não só ao clube como às ideias do treinador. Pois bem, mais de um mês depois, afinal quais as primeiras impressões deste reforço (que apenas poderá ser utilizado em jogos oficiais na próxima época) a ser trabalhado no laboratório de Rui Borges?
Uma questão a que A BOLA responde agora. Ponto prévio: Alisson Santos não foi uma escolha pessoal de Rui Borges. O brasileiro estava referenciado desde a última temporada ainda com Ruben Amorim ao leme. Foi sendo acompanhado com especial atenção e sugerido pelo scouting leonino ao técnico no início do ano. E assim que foi dado o sinal de aprovação por parte de Rui Borges os leões avançaram de pronto para a contratação. Uma aposta justificada não só pela oportunidade de mercado, dado o investimento pouco avultado, mas sobretudo todo o potencial revelado nos primeiros meses em Portugal — apontou seis golos em 18 jogos até fevereiro deste ano.
E hoje, depois de mais de um mês de trabalho na Academia, os sinais são (muito) positivos. Trabalhado na sombra — ainda não foi publicada nenhuma fotografia equipado à leão —, Rui Borges mostra-se muito satisfeito com o empenho revelado pelo brasileiro. Com um perfil que lhe agrada, jogador destemido, que vai para cima do adversário, o atrevimento demonstrado pelo extremo sempre que foi chamado ao plantel principal é uma das notas de maior agrado após as primeiras semanas.
TRABALHADO PARA DOIS SISTEMAS
Alisson foi contratado a pensar no renovado leão 2025/2026. Mas está a ser trabalhado em mais do que um sistema. Nestas primeiras semanas, de resto, ao que foi possível apurar, o extremo tem sido colocado no corredor direito do ataque do habitual 3x4x3, ou seja, olhando para o presente, como uma possível sombra de Trincão. Um jogador que, convém lembrar, é recordista de minutos na presente época (4302) e que tem sido... insubstituível.
Alisson foi pensado, sobretudo, para um 4x3x3 ou 4x2x3x1, como extremo puro numa das alas, mas enquanto esse novo modelo não for consolidado (algo que poderá acontecer na próxima temporada...), o brasileiro vai também ganhando rotinas numa estrutura mais que oleada nos últimos anos e que Rui Borges entendeu não alterar para atacar todas as decisões da época. Alisson, por sua vez, ainda terá vários meses de estágio até à estreia. Que apenas acontecerá em 2025/2026. Mas já vai acelerando e ganhando confiança...