«Só se tem problemas com Salah se ele não estiver a jogar»
Jurgen Klopp poderá ser o treinador que melhor conhece Mohamed Salah. Contratou-o para o Liverpool em 2017 e depois ajudou-o a tornar-se num dos melhores jogadores da história do clube. Assim, pedido para comentar a situação delicada que se vive entre o egípcio e os reds, Klopp procurou os motivos que levaram o jogador a insurgir-se contra a sua parca utilização esta época.
«Todos nós somos fortemente influenciados pelo nosso passado — como fomos criados, onde crescemos. Mo soube desde cedo [na sua vida] que tinha de fazer mais do que os outros. Ele sempre se desenvolveu, nunca parou. Essa é a sua mentalidade», começou por dizer à BBC.
Klopp deu o exemplo de que, no início de cada pré-época, Salah «voltava com uma nova habilidade», fazendo parecer como se «tivesse passado todo o verão a praticar um tipo específico de passe».
O treinador alemão criou uma relação com Salah que «uniu os dois para sempre», sobretudo após «aquele momento» em que levantaram a taça da Premier League, em 2020. «Nós incentivávamo-nos mutuamente, apenas para garantir que nunca pararíamos. E nunca parámos.»
A atitude de Salah
Klopp recordou algumas discussões que Mohamed Salah teve com Sadio Mané, motivadas pelo facto de, no entender do senegalês, Salah preferir rematar em vez de lhe passar a bola.
«Eles eram melhores amigos? Não. Salah poderia ter passado a bola algumas vezes quando tentava finalizar sozinho? Sim. Mas em campo eles apoiavam-se, lutavam um pelo outro», disse Klopp.
O alemão, atualmente diretor global de futebol do grupo Red Bull, acabou a comentar a gestão que fazia com a utilização de Salah: «Eu não diria que ele é fácil de treinar, mas também não é difícil. Só se tem problemas com o Mo se ele não estiver a jogar ou se o substituíres num jogo.»