Schjelderup: «Disseram-me que ia ter alguns minutos, mas não aconteceu»
Andreas Schjelderup concedeu uma entrevista ao canal norueguês TV2, na qual revelou o momento em que decidiu deixar o Benfica durante o último mercado de verão, voltando à Dinamarca por empréstimo dos encarnados.
Fiquei frustrado
«Fui o nono jogador a entrar no jogo com o Feyenoord [amigável de pré-época]. Foi aí que os pensamentos começaram: será que vou ter oportunidades esta época ou é melhor procurar outra solução? Depois, coube ao meu agente estabelecer contacto com o Benfica sobre a possibilidade de eu sair. Algumas vezes as coisas não pareceram muito boas e fiquei frustrado. Tinha feito um plano e não correu como o planeado, tive de me alhear da frustração e focar», comentou o internacional sub-21 pela Noruega, explicando o porquê do regresso a casa.
«Foi estranho, não sabia se ia sair, só no último dia é que me deram o ‘ok’ para ir. Foi tudo muito estranho. Existiram várias opções, mas esta foi a que me deu mais garantias e sobretudo porque o Nordsjaelland vai estar nas competições europeias», disse Schjelderup, referindo-se à participação do clube na Liga Conferência.
Para trás ficou uma segunda metade de época na Luz, na qual não teve direito a muitos minutos por parte de Roger Schmidt.
Esperava jogar mais. Disseram-me que ia ter alguns minutos, mas não aconteceu
«Precisei de um mês para ficar na forma que precisava de competir. Ainda assim, esperava jogar mais. Disseram-me que ia ter alguns minutos, mas não aconteceu. Não sei porquê, não tenho uma resposta. Sinto que estava bem nos treinos e que ia ter oportunidades, mas o Benfica era uma das melhores equipas na Europa, ganhava por 3 e 4-0, jogava na Liga dos Campeões, era complicado entrar.»
E, tal como o pai (e agente) já havia referido, Andreas Schjelderup falou sobre a chegada de «concorrência» para a sua posição no plantel, referindo-se à contratação de Ángel Di María, ao regresso de Tiago Gouveia e ao novo empréstimo de Gonçalo Guedes por parte do Wolverhampton ao Benfica.
«Estava muito motivado, sentia-me bem na pré-época, mostrei o que podia fazer, mas de repente chegou mais competição inesperada. Foi duro. Na minha idade preciso mais do que um minuto por jogo. Era importante para mim jogar», finalizou o extremo.