SC Braga: o homem dos equilíbrios também tem nota artística
Vem aí uma bola que só dá para rematar de pé esquerdo? Então, vai já daqui! Podia perfeitamente ter sido este o pensamento de Vítor Carvalho ao minuto 90+5 do duelo de ontem frente ao Hoffenheim. Afinal, nessa altura, o médio brasileiro encheu-se de fé e não se fez rogado a uma bola rechaçada que sobrou para a entrada da área e, de primeira, de pé esquerdo, atirou sem apelo nem agravo, fazendo um golaço na Pedreira!
QUE GOLO 🚀 VITOR CARVALHO
— DAZN Portugal (@DAZNPortugal) November 28, 2024
🤩 @EuropaLeague | @SCBragaOficial 3 x 0 @tsghoffenheim#DAZNEuropa pic.twitter.com/jQ6u29Ox2d
O SC Braga já tinha os três pontos garantidos – na altura vencia por 2-0 -, mas o camisola 6 fez questão de colocar a cereja no topo do bolo de uma grande noite europeia dos guerreiros do Minho e assinou uma autêntica obra de arte que ofereceu aos mais de 10 mil espectadores que pintaram o anfiteatro bracarense de vermelho e branco.
«Só sai golo assim de canhota, não é? [risos] Mas eu estou muito feliz pelo golo, tenho vindo a trabalhar bastante e estou feliz por ter ajudado na vitória», assinalou Vítor Carvalho, no final do encontro, visível e compreensivelmente satisfeito.
Este foi o segundo tento apontado pelo brasileiro na presente temporada. O primeiro golo tinha sido também em contexto internacional, mas, no caso, ainda no play-off de acesso a esta mesma Liga Europa. No passado dia 22 de agosto, Vítor Carvalho deu início à reviravolta operada pelos guerreiros do Minho na receção ao Rapid Viena (2-1) – Rodrigo Zalazar, já na segunda parte, sentenciou o triunfo.
Vítor Carvalho ainda está longe do melhor registo de carreira (faturou por cinco vezes ao serviço do Gil Vicente, na época 2022/2023), mas já ultrapassou a marca conseguida na temporada passada nos arsenalistas (um golo em 44 jogos).
Convém, ainda assim, sublinhar que as caraterísticas do número 6 são (muito) mais defensivas do que propriamente ofensivas. Vítor Carvalho é um jogador de equilíbrios, aquilo a que se convencionou chamar o operador principal da sala de máquinas.
O setor intermediário é, como se sabe, absolutamente nevrálgico para o bom funcionamento das equipas e o canarinho, de 27 anos, pisa aqueles terrenos como ninguém. Inteligente na ocupação de espaços e forte nos duelos individuais, Vítor Carvalho tem também a qualidade de passe para iniciar, muitas vezes, a primeira fase de construção. E sempre que pode… galga metros e integra-se na manobra atacante. O coletivo agradece(-lhe).
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