Vitinha saiu aos 35' - Foto: IMAGO

Saídas de Vitinha e Kvaratskhelia ensombram 'vitória central' do PSG

Zabarnyi e Beraldo, habituados a tarefas mais defensivas, subiram ao ataque para construir triunfo dos parisienses, a poucos dias da visita a Barcelona

Noite de gestão e festa no Parque dos Príncipes. Luís Enrique promoveu cinco alterações em relação ao onze que iniciou a derrota em Marselha (0-1), mas manteve Vitinha, que figurou no pódio da Bola de Ouro, entregue na segunda-feira, assim como Gonçalo Ramos. Nuno Mendes não saiu do banco, enquanto João Neves assistiu à partida na bancada.

No primeiro jogo depois da entrega da distinção a Ousmane Dembélé, as bancadas do Parque dos Príncipes prestaram homenagem ao extremo francês, mas também a Luís Enrique, eleito o melhor treinador da época. Os dois assistiram à partida na bancada por motivos diferentes: o Bola de Ouro devido a problemas físicos na perna esquerda e o técnico espanhol por escolha pessoal, gesto que tem repetido nas últimas partidas e que lhe dará uma visão bem mais completa do que se passa no campo.

O PSG dominou em toda à linha durante a primeira parte, mas apresentou claras dificuldades para desmontar o bloco baixo e coeso apresentado pelo Auxerre, eficaz defensivamente, mas soporífero no plano ofensivo.

Face às ausências e as poupanças para Barcelona, Zaire-Emery e Lee Kang-In alternaram num corredor direito que foi a fonte dos primeiros remates perigosos da partida, após várias incursões sem destinatário. Pouco depois depois da meia hora de jogo, o criativo coreano, mais incisivo no corredor central, aqueceu as luvas de Donovan León que voltou a esticar-se para negar o selo de golaço a um remate acrobático de Kvaratskhelia.

O pontapé na desinspiração e ineficácia só podia sair dos pés de Vitinha, capitão de equipa, aos 33'. O médio luso recebeu um pontapé de canto marcado por Mayulu e desferiu um arco sublime com morada na cabeça de Zabarnyi, ao segundo poste.

O defesa ucraniano festejou o primeiro golo ao serviço do PSG com Vitinha... que saiu de campo dois minutos depois. O médio luso, que não aparentou qualquer limitação física, foi rendido por Hakimi, antes de conversar durante largos minutos com Rafel Pol, adjunto de Luis Enrique.

A ausência de Vitinha desorientou o PSG que só se voltou a encontrar na segunda parte, sem Khvicha Kvaratskhelia. O extremo georgiano não escondeu a dor após ter sofrido uma entrada dura nos primeiros 45 minutos e acabou rendido pelo regressado Barcola.

A substituição de Vitinha - Foto: IMAGO

Na primeira participação desde que tinha sofrido uma lesão dez dias antes diante da Atalanta, Barcola só precisou de 90 segundos para criar perigo. O jovem extremo ligou a mota e ficou cara a cara com o guarda-redes do Auxerre, mas baralhou-se perante tamanhas facilidades e rematou à figura.

O PSG capitalizou a fase com mais fulgor e discernimento ofensivo com um segundo golo, que nasceu do mesmo laboratório do primeiro. Zaire-Emery marcou um canto de forma curta para Mayulu que se inspirou em Vitinha para desferir um passe açucarado que Beraldo só precisou de pentear levemente para alargar a vantagem aos 55'.

O segundo golo do PSG não desanimou o Auxerre, que cresceu a olhos vistos num sistema com quatro defesas, onde pontificava o ex-FC Porto Danny Namaso. O avançado camaronês aqueceu as luvas a Chevalier com um remate exterior em arco, mas a melhor oportunidade para reduzir pertenceu a Kevin Danois.

O médio de 21 anos desferiu um míssil a 30 metros da baliza do PSG mas acertou com estrondo no poste esquerdo. O Auxerre aproveitou os erros constantes parisienses na primeira fase de construção para criar mais perigo na última meia-hora, mas a negligência na tomada de decisão custou caro aos homens de Pelissier.

O PSG segurou a vantagem, estreou os miúdos Quentin Ndjantou (18 anos) e Mathis Jangeal (17 anos) e saltou para a liderança da Ligue 1, com 15 pontos, a quatro dias de uma visita escaldante a Barcelona, para a segunda jornada da UEFA Champions League,