Rio Maior pronto a tempo do Casa Pia-Sporting: «Não haverá problemas absolutamente nenhuns»
Enquanto o Casa Pia prepara o seu plantel para a entrada em competição numa receção ao Sporting marcada para 8 de agosto, uma sexta-feira que coincidirá com o pontapé de saída na edição 2025/26 da Liga, o emblema lisboeta cumpre o plano delineado para que tudo decorra como previsto.
Nesse sentido, e tal como foi anunciado num comunicado conjunto com a DESMOR, empresa municipal responsável pela gestão do Estádio Municipal de Rio Maior no passado dia 11, a substituição do relvado desse recinto já começou a ser executada esta terça-feira, praticamente três semanas após o anúncio da intervenção e a apenas nove dias do desafio, o que obriga a um sprint… controlado.
A realização da 1.ª jornada da Liga no palco previsto (20h15, em Rio Maior) não está em causa apesar do curto espaço de tempo para a instalação e implementação do novo piso e, para o confirmar, A BOLA inteirou-se da opinião de um dos especialistas da matéria no país.
Jorge Prazeres, de 57 anos, é proprietário da PlayPiso S.A., responsável pela instalação de quase meio milhar de campos de futebol naturais e sintéticos e explica todo o processo, que não necessitará mais do que alguns dias, permitindo que o timing seja totalmente cumprido pelos gansos para receber os leões num piso irrepreensível.
«Em princípio, não haverá problemas absolutamente nenhuns. É uma situação normal, desde que a placa que lá irão aplicar tenha a maturidade suficiente - isto é, o relvado vai chegar em rolo, vai ser esticado e colocado por justaposição. A placa esteve em plantio durante vários meses, está a ser recortada e sai da sua zona de plantio para ser aplicada no campo», explica o profissional em instalação de equipamentos e infraestruturas desportivas.
Jorge Prazeres – que, em simultâneo, é treinador de futebol – avança ainda que, se tudo correr dentro da normalidade, o Casa Pia até poderá treinar em Rio Maior antes da partida, caso o pretenda.
«É normal, por vezes, até em 24 horas, já se jogar em cima dele, portanto, não é nada de transcendente. É claro que, neste momento, estamos com temperaturas muito altas, mas mantendo o teor de humidade e a fazer o trabalho necessário para uniformizar a colocação dos vários retalhos de tapete em relva natural, o jogo vai decorrer sem problemas absolutamente nenhuns», antevê o especialista em instalação de relvados.
Apesar de o Casa Pia poder, em teoria, utilizar o relvado antes de dia 8, Jorge Prazeres não crê que tal aconteça. «Na véspera do jogo eventualmente sim, depende muito de como a planta reaja. A planta é um ser vivo e, tal como nós, há plantas que se dão melhor ou pior com os níveis de temperatura e ela vai ter de se ambientar a um estádio com um nível de disposição solar diferente de onde ela estava e provavelmente também a nível do vento, que é importante para o equilíbrio e temperaturas», explica.
«Em princípio, o que vai acontecer é que ambas as equipas vão conhecer o campo no dia de jogo, no aquecimento», projeta, assim, o técnico que já orientou emblemas como o Fabril do Barreiro e o Vitória de Setúbal.
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