Rio Ave: dependência de duo atacante é aspeto a retificar por Sylaidopoulos
Sem vencer no campeonato ao cabo de sete jornadas disputadas, o Rio Ave vai desenrolando a preparação para a receção ao Tondela (domingo, às 17h30) com preocupação.
Os vilacondenses estão na cauda da tabela classificativa, com cinco pontos somados — com menos, só o Aves SAD (1) — e, nos últimos três encontros, viram a produção ofensiva cair. Se, nas primeiras quatro rondas do campeonato, a equipa de Sotiris Sylaidopoulos tinha picado sempre o ponto (total de sete golos), nos duelos com FC Porto, Benfica e Famalicão só o fizeram frente às águias, por intermédio de André Luiz.
O extremo brasileiro, aliás, foi o autor dos dois últimos golos marcados pelo emblema da caravela, assumindo essa despesa perante o menor fulgor atacante de Clayton, autor de cinco tentos nas três primeiras rondas da Liga.
Ora, fazendo as contas, percebemos que apenas um golo do Rio Ave em 2025/26 não foi apontado pelo duo canarinho do ataque. O extremo croata Spikic intrometeu-se com um tiro certeiro, mas este é um dado que gera apreensão nos Arcos, pois ilustra uma clara dependência de Clayton e André Luiz no que toca à produção ofensiva.
Há algumas semanas, Sylaidopoulos realçou a importância de o clube ter conseguir segurar Clayton durante o mercado de verão, mas também vincou que, mais do que a veia goleadora do ponta de lança, importa olhar para o trabalho feito por toda a equipa. «O Clayton é uma parte. Temos a equipa, que ajuda o Clayton a criar oportunidades. Criamos muitas situações e estamos felizes por saber que temos o Clayton connosco e aquele toque especial dele dentro da área», afirmou o treinador grego, antes da visita ao reduto do Moreirense.
Apesar das oportunidades criadas, os rioavistas têm sentido dificuldades em encontrar o caminho das balizas adversárias nos jogos mais recentes e esse é um dos pontos que Sylaidopoulos pretende corrigir a curto prazo. Nesse sentido, urge encontrar rotas que não passem necessariamente por Clayton e André Luiz.