Proença, líder da FPF, e Reinaldo Teixeira, presidente da Liga, conversaram antes do congresso

Proença: «Não há dirigentes do futuro se não forem pessoas capazes e formadas»

Líder da FPF abriu congresso da ANDIF, em Matosinhos, com o discurso da praxe. Fintou recentes polémicas envolvendo os presidentes dos três grandes e não falou aos jornalistas por... questões de agenda

Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) esteve esta sexta-feira na abertura do congresso internacional da Associação Nacional de Dirigentes de Futebol, Futsal e Futebol de Praia (ANDIF), que se realiza no Terminal de Cruzeiros de Leixões, em Matosinhos. Esperava-se que o dirigente comentasse a polémica desencadeada na arbitragem na sequência da final da Taça de Portugal entre Benfica e Sporting e as posições assumidas por Rui Costa e Frederico Varandas, bem como de André Villas-Boas, mas ficou-se pelo discurso da praxe. Não falou à comunicação social por ter voo matinal com destino a Londres, onde se juntou à equipa feminina de futebol, que vai jogar com a Inglaterra na Liga das Nações.  

«A Federação Portuguesa do Futebol vive uma nova era, uma nova geração de gente que vem por bem, que quer construir um futuro capaz, com capacitação, com formação, mas que pretende fazer da integridade uma bandeira única que nos possa levar para um patamar de excelência. A formação e a capacitação dos dirigentes é o eixo central daquilo que deve ser a nova geração e a nova era do futebol português. Direi que, ainda um bocadinho daquilo que foram as minhas funções enquanto ex-presidente da Liga, o quanto investimos nessa altura, naquilo que deve ser a nova visão do futebol profissional. Na pirâmide e na transversalidade daquilo que deve ser a conceção do futebol em Portugal, não há dirigentes do futuro se não se forem pessoas capazes e formadas e esta aposta clara que a Associação Nacional de Dirigentes tem feito será acompanhada pela Federação Portuguesa do Futebol»,

Proença falou depois diretamente para Diamantino Gonçalves, presidente da ANDIF, a propósito da necessidade de formar dirigentes: «Sabes [Diamantino Gonçalves] o quanto nós queremos investir na formação dos dirigentes. Também faço parte desta associação com muito prazer e com grande orgulho, porque é no investimento da formação que vamos ter a nova geração de futebol em Portugal e não há dúvida nenhuma deste percurso. Um percurso longo, que se pretende robusto, mas que terá, obviamente, resultados num curto espaço de tempo.»

Na quinta-feira, o presidente do FC Porto acusou a FPF de assistir de «forma, impávida e serena a este carnaval», falou sobre a existência de um «conflito claro entre o presidente da Liga e o presidente da Federação» e disse ter chegado a altura de Pedro Proença «dar um murro na mesa», perante as «graves suspeições levantadas relativamente a aparentes «casos de corrupção passiva e ativa», referindo-se ao conteúdo do discurso de Rui Costa no Seixal, após a derrota contra o Sporting. Exigiu ainda que o «Conselho de Disciplina seja severo e puna arduamente» o líder do Sporting.